O alívio financeiro do Vasco está próximo. Após longo período de receitas bloqueadas em razão de dívidas com órgãos federais, a administração Roberto Dinamite deu passo considerável para a entrada de aproximadamente R$ 28 milhões nos cofres de São Januário. O clube fechou acordo de patrocínio nos moldes do rival Flamengo com a Caixa Econômica Federal e aguarda apenas a sinalização positiva da Fazenda Nacional para fazer o anúncio.
Apesar da “lei do silêncio” instaurada sobre o tema pelo diretor geral Cristiano Koehler, o clima é de total otimismo nos bastidores. A confirmação do acordo com a Receita Federal é esperada até o final do mês. Na sequência, o Cruzmaltino divulga as parcerias com a Caixa Econômica e com a montadora de automóveis Nissan.
Com as CND´S (certidões negativas de débitos) em mãos, o Vasco não terá problemas para receber os valores. São aproximadamente R$ 20 milhões por um ano de contrato com a Caixa para o patrocínio master e mangas da camisa, enquanto a Nissan vai desembolsar R$ 8 milhões para expor a marca na parte superior das costas, acima dos números. No início das conversas, ainda no ano passado, a fabricante chegou a ser dada como certa para a cota master do Cruzmaltino.
O modelo é semelhante ao adotado pelo rival Flamengo com o banco e a montadora Peugeot. A Caixa paga R$ 25 milhões ao Rubro-Negro por 12 meses de acordo. A Peugeot firmou vínculo de R$ 10 milhões por cada período - três anos no total. Inclusive, o Vasco exigiu o mesmo tratamento disponibilizado ao clube da Gávea nas frequentes viagens da cúpula até Brasília para renegociar os passivos. O Flamengo já havia conseguido acordo com a Receita Federal, algo que incomodava em São Januário.
O departamento de marketing cruzmaltino estuda o layout da camisa com as novas marcas em parceria com a Penalty, fornecedora de material esportivo. Os profissionais do setor aguardam apenas a sinalização positiva da administração Dinamite para que os novos uniformes sejam confeccionados, o que promete acontecer até o início de agosto.
O Vasco deve um total de aproximadamente R$ 170 milhões para a Receita Federal. No entanto, o passivo é calculado em diversas cotas, sendo a mais alta no valor de R$ 52 milhões. O clube trabalhou o parcelamento da dívida para poder firmar acordos de patrocínio e ter condições de ser viável novamente. Sem acesso ao montante, o Cruzmaltino não pode assinar contratos e sofre com salários atrasados.
A Fazenda Nacional considera algumas formas de parcelamento da dívida. Em uma delas, ocorre o pagamento de 10% ou 20% de entrada. O restante é dividido em prestações a combinar. O Vasco já tem mais de R$ 20 milhões penhorados pela Justiça e quer o desbloqueio para quitar débitos com funcionários e atletas. Os salários estão atrasados há dois meses e preocupam os envolvidos.
Fonte: UOL