Ramalho, que tinha 74 anos, já estava doente havia vários meses. O Vasco vinha custeando suas despesas hospitalares.

O torcedor-símbolo Ramalho, que era estivador de profissão, era tão vascaíno que chegou a ter o escudo do Vasco pintado nos dentes. Seu amor pelo Vasco também lhe levou a dar à sua filha o nome de Teresa Herrera, taça conquistada pelo clube em 1957.

Ramalho residia numa casa próxima a São Januário que acabou comprada pelo Vasco e incorporada ao patrimônio do Clube no fim da década de 90. Em 2003, numa de suas últimas visitas ao Vasco, ele falou sobre sua antiga casa e sobre a época em que era atuante nas arquibancadas:

“Nunca pensei que nosso Vasco pudesse crescer tanto. Não tenho saudades da casa, tenho orgulho de aquele espaço que me serviu de abrigo durante muito tempo ser ocupado hoje pelo clube que sempre foi a extensão da minha casa e ajuda a formar atletas para o meu Vasco. Pena que a saúde já não me deixe acompanhar o time, como antigamente, mas tenho certeza de que os corações vascaínos se multiplicarão cada vez mais, com a conquista das muitas glórias que caracterizam o nosso Vasco”, disse Ramalho.

Antes do jogo Vasco 1 x 2 Goiás, na noite deste sábado (02/07), em São Januário, foi respeitado um minuto de silêncio em homenagem a mais este grande personagem vascaíno que se foi.

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