Confira detalhes do 2º duelo entre Dedé e Neymar no Brasileiro
Segunda-feira, 07/11/2011 - 10:39
Antes do apito inicial, abraço. Na saída para o intervalo, troca de camisas. E foi só. A amizade de Neymar e Dedé, iniciada na Seleção Brasileira, ficou de lado na Vila Belmiro. No gramado, velocidade e habilidade contra a intensa marcação. Melhor para o craque do Peixe, que, na maioria das vezes, passou pelas costas do adversário, não deixando nem rastro, na vitória por 2 a 0 neste domingo.
- Dedé é meu irmão, mas hoje não deu para aliviar para ele - brincou Neymar.
Pelo Twitter, o zagueiro vascaíno rasgou elogios ao craque do Santos.
- Quero te dar os parabéns pelo seu talento! Você joga demais, merece muito ser o melhor do mundo! Estou na torcida.
Nos pés, os dois calçavam chuteira da mesma cor, amarela fluorescente. Mas foram as de Neymar que brilharam mais no primeiro tempo. Bastaram três minutos para o craque do Santos fazer a diferença. Disparou pela esquerda, passou de primeira por Dedé e só parou quando foi agarrado pela camisa. O árbitro André Luiz Castro marcou a falta. Na cobrança, jogou na área. Atrás de Renato Silva, o camisa 26 viu o companheiro de zaga cabecear para a rede. Gol do Santos. Neymar dançou, enquanto Dedé abaixou a cabeça.
A cena se repetia pela esquerda. Sempre que o Peixe armava o ataque, lá estava o camisa 11 levantando o braço, atrás do zagueiro cruz-maltino, pedindo bola. Às vezes, ele passava por Fágner, Renato Silva. O “abusado” não respeitou nem o Reizinho. Tentou pedalar na frente de Juninho, mas o meia o parou.
Mesmo quando Neymar não corria para o seu lado, Dedé se preocupava. Gritou para Julinho não subir quando foi para a área em cobrança de escanteio. Pediu mais atenção a Renato Silva. Sempre atento aos passos do adversário.
A dois minutos do fim do primeiro tempo, Neymar disputou uma bola com Dedé e reclamou de um tapa. O árbitro não deu. Mas a disputa ficou só dentro de campo. Na saída para o intervalo, os dois trocaram camisas.
Na volta ao gramado, o preciosismo de Neymar não o deixou ampliar o placar para o Peixe. Mas desta vez Dedé nem participou de sua marcação. Coube a Fagner salvar, depois que o camisa 11 resolveu driblar Fernando Prass e passar para Borges, que desperdiçou.
Neymar ainda arrancou aplausos da torcida quando driblou Renato Silva duas vezes e deu de bandeja para Ganso marcar no seu retorno ao time. O camisa 10, no entanto, chutou para fora. Aos 20, mais um duelo direto. O atacante voou pela esquerda lado a lado com Dedé. Saiu do meio de campo até a grande área. Mas foi desarmado, despertando gritos da torcida vascaína de “melhor zagueiro do Brasil”.
Neymar e Dedé se abraçam antes do duelo Santos x Vasco na Vila Belmiro
Pouco depois, mais um gol do Santos, e lá estava Neymar de novo. Ele puxou a marcação para o meio e tocou com categoria para Borges que, da entrada da área, acertou o ângulo de Fernando Prass. 2 a 0.
Logo depois, belo lance. Neymar para de frente para Dedé. Pedala uma vez, duas, e simula um drible à la Valdívia, como se fosse finalizar, mas passa para Durval. A jogada se perde, com desarme, mas a marca do craque já havia sido deixada em mais uma boa atuação na Vila.