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Considerados por muitos o maior zagueiro que atua no Brasil, Dedé gosta de ser chamado assim, mas não sobe a cabeça. Ainda mais porque hoje, o defensor vai ter pela frente um dos melhores atacantes do mundo. Para Dedé, o duelo com o amigo não importa e sim ajudar o Vasco, mas para isso terá que atrapalhar Neymar no sonho de ser o primeiro a ser eleito o número um do mundo atuando fora da Europa, hoje, às 17h, quando o Vasco encara o Santos, na Vila Belmiro.

A amizade entre Neymar e Dedé começou antes de ser chamado pelo técnico Mano Menezes para defender a seleção brasileira.

— Já conhecia o Neymar antes mesmo de eu ser convocado para a seleção. Chegamos a fazer uma pelada de fim de ano em Volta Redonda. O Neymar é um grande parceiro — explicou Dedé.

O camisa 26 sabe que não poderá dar mole ao atacante santista, nem que para isso tenha que frustrar o sonho do amigo.　

— Não tenho medo. Tenho é que atrapalhar o amigo (risos). Na verdade, não acho que ele será julgado pelas três partidas. Ele já está sendo analisado faz um bom tempo, senão não estaria com o nome entre os melhores do mundo — disse o zagueiro, que cometeu 42 faltas em 24 partidas no Campeonato Brasileiro.

Bem-sucedido no primeiro turno quando o Vasco venceu o Santos por 2 a 0 e não deixou o craque santista jogar, Dedé não cansa de elogiar Neymar. Mas tem seus truques para tentar não deixar o atacante se criar.

— O bote tem que ser dado só quando se tem muita certeza que dá para tomar a bola, porque o Neymar é muito rápido. Costumo esperar para ver o que ele vai fazer. Acho que minha velocidade ajuda um pouco na marcação, em relação a zagueiros mais lentos, mas não dá para ficar no mano a mano com ele, pois é complicado — ensinou o "Mito", que hoje vai contra o craque:

— Vou torcer que hoje ele não esteja em um dia de Neymar, como no jogo em que marcou seis gols (dois anulados). Mas certamente estarei na torcida para que ele seja eleito o melhor do mundo. Se não for desta vez, será em outra oportunidade.

Fonte: Extra Online