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Em entrevista à Rádio Globo, Paulo José Sally, promotor de justiça da 4ª Promotoria de Defesa de Tutela do Consumidor, nega que o Ministério Público tenha dado condições de jogo para Vasco x Botafogo ser em São Januário caso o Vasco conseguisse os laudos do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e a concordância do Botafogo, e confirma o clássico para o Engenhão.

"Não, isso não foi feito. Em verdade, houve uma reunião hoje com os advogados do Vasco e o Ministério Público, no caso, representado pela minha pessoa. Nessa reunião, me foi apresentado realmente a autorização da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Fundação Estadual de Futebol. A última porta seria o Ministério Público. O Ministério Público, na tutela dos interesses da coletividade, preocupado com a segurança na coletividade, infelizmente fez valer o Ajuste de Conduta que tinha sido feito com o Vasco. Então não houve nenhuma emissão de documentação, por parte do Ministério Público, que autorizasse o Vasco a trocar de estádio nesse momento. Nesse momento está se valendo o Ajuste de Conduta. Infelizmente, o jogo vai ter que ser mantido no Engenhão."

"O Ministério Público não pode acordar com qualquer das partes. A utilização do termo Acordo, para que a coisa fique clara, em verdade, esse Termo de Ajustamento de Conduta é um título executivo judicial. Foi com base nesse título que houve o arquivamento desse ação que teria sido proposta. Esse título, homologado judicialmente, dá força ao Ministério Público para executá-lo, no caso de descumprimento. Inclusive, há uma previsão de uma multa de R$ 100 mil, nesse termo, em caso de descumprimento por parte da CBF ou do Vasco da Gama, que são os compromissários."

Fonte: NETVASCO (transcrição)