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A briga do Vasco para fazer valer seu mando de campo e levar o clássico contra Botafogo, no dia 13, para São Januário, tem como aliada uma ata registrada na Federação de Futebol do Estado do Rio antes do confronto do primeiro turno. Nela, não há garantia alguma de tratamento igual ao do confronto anterior, com torcidas divididas. O mesmo não acontece na ata assinada antes do duelo entre Flamengo e Vasco, que determina ingressos divididos na última rodada, em 4 de dezembro. Ou seja: mais ingredientes para a polêmica que domina o futebol do Rio na reta final do Brasileiro, em tempos de Maracanã fechado para obras para a Copa de 2014.

Para rebater os argumentos do Vasco, dirigentes adversários sempre se referem a um acordo para que todos os confrontos sejam realizados em condições iguais aos do primeiro turno. Mas o acordo, segundo o próprio presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, não foi documentado.

As atas são todas diferentes. No dia 2 de agosto, sem a presença de dirigentes vascaínos, o Botafogo, representado por Marcos Villela e Rafael Pestana, assinou a ata que estabelecia a divisão de renda líquida do jogo do primeiro turno, independentemente do resultado da partida. No entanto, não consta nada no documento referente ao jogo do returno, marcada no site da CBF para o Engenhão.

No dia 22 de agosto, representantes de Flamengo e Vasco definiram que, no clássico do primeiro turno no Engenhão, com o Rubro-Negro como mandante, os ingressos seriam divididos igualmente para as duas torcidas, assim como a renda do jogo. No documento, no artigo 59, ficou definido que todo o planejamento desta partida com relação à distribuição de torcida, carga de ingressos, cortesias dos clubes e divisão de renda, seria adotado na partida válida pelo returno, no dia 4 de dezembro.

Já os dois Fla-Flus do Brasileiro tiveram 100% da renda destinados ao mandante, segundo as atas. Todos os documentos têm nomes de responsáveis por segurança e transporte.

O presidente do Vasco, Roberto Dinamite, diz que não há qualquer acordo entre os clubes para divisão igual de renda e público nos clássicos. Já o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, garante que existe a combinação, mas sem documento assinado. Nesta quinta-feira, Maurício criticou a postura de Roberto. Afirmou não ver problemas em disputar o clássico do dia 13 de novembro em São Januário, desde que o Vasco divida a renda e a carga de ingressos, além de garantir todas as condições de segurança e conforto.

- Só quero saber se eles vão me dar as condições, como metade do público pagante, da renda, todo o conforto. Se oferecerem isso para o Botafogo, obrigatoriamente o jogo com o Flamengo tem de ser lá também. Não há critério. As pessoas têm de ser coerentes. Não há nada assinado, mas as coisas foram conversadas. Em se tratando de pessoas como o Roberto, a palavra vale mais que uma assinatura - alfinetou o dirigente.


Ata da reunião na Federação do Rio antes de Botafogo x Vasco no primeiro turno fala apenas em divisão igual da renda, mas nada diz sobre as condições do confronto do returno, marcado para o dia 13


Ata da partida Flamengo 0 x 0 Vasco diz que o planejamento de ingressos do primeiro turno tem de se repetir

Fonte: GloboEsporte.com