O corpo do ex-massagista do Vasco, Pai Santana, foi sepultado na manhã desta quarta-feira, no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro. Poucas pessoas ligadas ao clube estiveram presentes ao local, que estava lotado por causa do Dia de Finados. Boa parte dos dirigentes e do atual elenco cruz-maltino está no Peru, onde o time irá encarar o Universitario, pela Sul-Americana. Durante o enterro, os presentes cantaram o hino do Vasco e o tradicional grito de "Casaca".
Aos 77 anos, Eduardo Santana, o famoso Pai Santana, morreu na manhã de terça-feira vítima de uma insuficiência respiratória decorrente de uma pneumonia. Há tempos o ex-massagista cruz-maltino vinha aparecendo bem debilitado, tinha problemas na fala e se locomovia com o auxílio de cadeira de rodas desde que sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) em 2006.
Massagista, pai de santo e ex-lutador de boxe, Santana chegou ao Vasco em 1953. Com passagens por Botafogo, Fluminense, Bahia e Seleção Brasileira, teve a imagem eternamente ligada ao clube de São Januário, especialmente por ter feito "trabalhos" a favor do Vasco em jogos importantes nas décadas de 1970, 80 e 90.
O pai de santo tinha vários rituais famosos, como acender velas no vestiário e estender uma bandeira do Vasco no gramado, se ajoelhar e beijá-la. Ele também costumava usar sempre roupas brancas. Uma história conhecida dá conta de que o massagista teria descido de helicóptero na Gávea e colocado um “trabalho” no campo do rival. Em seguida, o Vasco sagrou-se campeão carioca de 1977 na decisão por pênaltis.
Fonte: GloboEsporte.com (texto), TV Lance (vídeo)
"O Santana era a maior representação da torcida do Vasco", diz amigo de Pai Santana
O enterro do ex-massagista vascaíno Pai Santana, que morreu na manhã desta terça-feira após sofrer uma insuficiência respiratória causada por uma pneumonia, foi em clima de absoluta tranquilidade. Esperava-se que pudesse ter uma presença grande de dirigentes e ex-jogadores vascaínos, mas as homenagens ficaram restritas a São Januário, local onde foi velado. No Cemitério do Cajú, haviam cerca de 60 pessoas presentes, entre familiares e amigos.
A pessoa mais conhecida dentre todos era o filho de Pai Santana, conhecido como "Bola Sete", figura marcante nas arquibancadas dos eventos esportivos do Brasil. Dirigentes e ex-jogadores, para evitar ainda mais confusão, prestaram homenagem ao massagista no velório, que foi realizado na Capela Nossa Senhora das Vitórias, dentro de São Januário.
"O Santana era a maior representação da torcida do Vasco. Em mais de 50 anos de amizade, nunca vi alguém se envolver tanto com o clube. Apesar de todo o folclore e de suas manias na hora dos jogos, era um cara com um coração enorme, querido por todos que o conheciam. Deus quis que ele descansasse, e temos que respeitar essa vantagem. Lá de cima, ele vai ajudar o Vasco nesta reta final. Vai ser o último 'trabalho' dele", brincou João Alexandre, de 81 anos, amigo de Pai Santana há mais de 50 anos.
Ex-lutador de boxe e pai-de-santo, Pai Santana chegou ao Vasco em 1954, onde trabalhou para o resto da vida. O massagista era conhecido por suas mandingas, como acender velas no vestiário, em todos os jogos do clube. Além disso, ele ganhou o carinho da torcida ao entrar em campo com uma bandeira do clube, sobre a qual se ajoelhava e beijava o gramado.
Em 2006, Pai Santana sofreu um AVC (acidente vascular cerebral), quando passou a ter seus movimentos restritos. Com isso, ele deixou de trabalhar no clube, mas sempre recebeu um apoio financeiro do Vasco, que durou até o fim de sua vida. O massagista tinha 77 anos e fez sua última visita em São Januário este ano, após a conquista da Copa do Brasil, quando foi reverenciado pelo elenco atual.
Fonte: UOL