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Cada um ao seu estilo, Juninho e Felipe, juntos, foram fundamentais para a trajetória de títulos do Vasco no fim da década de 1990. Hoje, porém, coisa rara é ver os dois entre os 11 titulares, o que deve acontecer no domingo na decisiva partida contra o São Paulo. Sem Diego Souza, suspenso, mesmo que Felipe fique na lateral e não no meio de campo, o reencontro dos ídolos em campo vai acontecer depois de mais de três meses — da última vez foi no empate com o Bahia, em casa.

— O time evoluiu muito desde aquela época. E acho que o Juninho também evoluiu fisicamente. Ele tinha acabado de chegar do futebol do Catar, era outro ritmo. Agora é diferente. Depois de um mês parado por contusão, ele fez um jogo muito bom com muita intensidade e qualidade técnica — disse Prass, que também aposta numa maior consciência tática da equipe. — O time está cada vez mais organizado e entrosado. Isso também ajuda para que todos tenham menos desgaste.

Se o entrosamento existe sem os dois ou com um dos dois em campo, com eles juntos ainda nem tanto. Desde a estreia do Reizinho, na 8ª rodada, o Vasco fez 28 jogos. Porém, em apenas sete deles os dois veteranos participaram da mesma partida. Dos mais de 2.520 minutos do time em campo, os dois estiveram ao mesmo tempo em campo apenas 418 minutos. Apenas em uma ocasião um substituiu o outro. Foi justamente contra o São Paulo, no intervalo da vitória no Morumbi, quando Felipe entrou e fez um gol. Nos outros seis jogos foram três vitórias, duas derrotas e um empate — média de 55% de pontos com os dois, abaixo do Vasco na competição (61%).

Com Allan de volta à lateral-direita, por causa da suspensão também de Fagner, a tendência é que Cristovão arme a equipe contra o São Paulo com Felipe ainda na lateral-esquerda. Depois da grande atuação contra o Aurora — partida em que mostrou ter voltado em perfeitas condições físicas —, Juninho deve ser titular no meio de campo com Nilton, Romulo e Jumar. Este último, como de costume, ficaria encarregado de garantir os avanços de Felipe ao ataque.

— Todos nós temos consciência do que precisamos fazer para continuarmos um time forte. Se mudarmos essa característica, vamos cavar nosso próprio buraco. Isso nos faz ir bem em todos os setores — disse Prass, ressaltando a importância da ajuda de todos na marcação.

Fonte: Extra Online