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Comandante do Gepe cita renda, acesso e tamanho para justificar Engenhão


Quarta-feira, 19/10/2011 - 10:52

A CBF bateu o martelo e determinou que o Vasco terá que jogar o clássico do dia 13 com o Botafogo, no Engenhão. Porém, a diretoria vascaína não concorda e, mesmo após o agendamento, trabalha para exercer o seu mando e levar o jogo para São Januário.

Vice-presidente de futebol do clube, José Hamilton Mandarino, enumera alguns argumentos para convencer as autoridades. “Estamos tentando e vamos continuar tentando. O mando de campo é nosso. Mesmo que a CBF tenha publicado, não quer dizer que não possa haver mudança”, diz o dirigente, comparando a estrutura de São Januário (19 mil presentes) com a da Vila Belmiro (15 mil), campo do Santos.

“Inúmeros estádios têm a capacidade menor e os clubes mandam seus jogos lá. O Santos faz clássicos na Vila”, lembra Mandarino, acrescentando que outro fator é que as duas torcidas não têm histórico de conflitos. Fora isso, para ele, o Alvinegro ainda vai levar vantagem por conhecer o campo: “É um fator definitivo”.

Nos últimos oito jogos, o Vasco só terá dois em São Januário, enquanto o Botafogo fará cinco no Engenhão. Ontem, o tenente-coronel Fiorentini, responsável pelo Grupamento Especial de Policiamento nos Estádios (Gepe), participou de uma reunião para tratar do mando de campo.

“Um dos principais obstáculos é que no primeiro turno, quando o mando foi do Botafogo, o Vasco ficou com a metade da renda. Se o jogo fosse para São Januário, o Botafogo seria prejudicado porque só pode ter 10% de torcedores no estádio. É proibido dividir ao meio com cordas”, explica Fiorentini, para, em seguida, dar justificativas sobre a segurança.

“O acesso é complicado, a capacidade é pequena, e, se posso colocar um jogo com mais segurança no Engenhão, por que levá-lo para São Januário?”, questiona Fiorentini, que rebateu a comparação com a Vila. “Além da torcida do Vasco ser muito maior, os vascaínos só precisam se deslocar 15km para sair de São Januário e chegar ao Engenhão. O Santos precisa mudar de cidade. E ainda é uma questão de cultura”.

Em nome do elenco, o atacante Eder Luis elogia São Januário: “Aqui a gente treina todo dia, conhece e sabe jogar. Quando a gente vai jogar lá, a gente nem fala Engenhão, chama de Engenhoso porque realmente é muito ruim”.

Fonte: O Dia