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Pedrinho: 'Se eu fizer um gol contra o Vasco, não vou comemorar'
Sexta-feira, 14/10/2011 - 16:52
As lágrimas de Pedrinho no rebaixamento do Vasco, em 2008, já provavam que, sim, homem chora. Assim como pode também voltar atrás numa decisão. Dois anos após ter anunciado a aposentadoria, o apoiador optou por retomar a carreira no Olaria.
Com apresentação marcada para terça-feira, o ex-jogador do Vasco, 34 anos, acertou um contrato de três meses e meio, apenas para o Campeonato Estadual. Portanto, somente começará a ganhar salário em janeiro, embora já vá começar a treinar na semana que vem.
— Estou no peso ideal, porém, mais forte. Eu jogava com 63Kg e, agora, estou com 70Kg, mas tenho malhado muito. É massa muscular. Estou saradão — explicou Pedrinho, que vem mantendo a forma com um personal trainer.
Há pouco mais de dois anos, Pedrinho decidira encerrar a carreira, quando jogava pelo Figueirense. Interrompia, então, uma triste sequência de lesões, mas nem assim conseguiria se livrar da dor maior:
— Sofro e até hoje choro porque poderia ter ido mais longe se não tivesse me machucado — lembrou Pedrinho, que em 1998, no auge da carreira, teve uma séria lesão no joelho direito.
Preparando-se para o nascimento das filhas gêmeas Lara e Alice, previsto para janeiro, o pai de Enzo, de 6 anos, diz que não é por dinheiro que decidiu retomar a carreira.
— Tenho que defender o leite das crianças, mas não dependo do futebol. Construí minha independência no mundo árabe. Estou voltando porque acho que eu merecia me dar uma chance — disse Pedrinho, que jogou no Al-Ittihad (2005-2006) e Al-Ain (2008).
Ele já se imagina enfrentando o amigo Felipe, do Vasco, e, ainda apaixonado pelo clube que o projetou, jura que as lágrimas derramadas no dia do rebaixamento não foram em vão.
— Se eu fizer um gol contra o Vasco, não vou comemorar. Chorei no dia do rebaixamento porque sou vascaíno de coração, torço e sofro pelo clube — afirmou.
A volta à vida de jogador leva Pedrinho ao encontro do medo antigo: a contusão.
— Tenho esse receio. Deixei bem claro para o pessoal do Olaria que, se alguma coisa sair da linha, serei o primeiro a pedir para ir embora. Mas estou confiante. Vou jogar sem pressão, mas com responsabilidade e alegria — encerrou.
Fonte: Extra online