O resultado pôs o time cruz-maltino encostado no líder Corinthians, com 51 pontos, mas com uma vitória a menos (15 a 14). O Atlético-PR foi a 28 e permaneceu em 18º lugar, agora dois pontos atrás do Atlético-MG, o 17º, e três do Cruzeiro, que está fora da zona da degola, na 16ª colocação. O próximo jogo do Atlético-PR será contra o Botafogo, domingo, no Engenhão. Já o Vasco receberá no mesmo dia o Atlético-MG, em São Januário, pela 30ª rodada.
O Vasco entrou em campo com uma mudança tática que surpreendeu muita gente: Felipe de volta ao lugar onde começou, a lateral esquerda. De início, ficou a impressão que a estratégia poderia dar certo. No primeiro lance de ataque do Furacão, um corte preciso. Em seguida, quando o Vasco avançou, foi dele o cruzamento para Alecsandro desviar de cabeça e assustar. Os cariocas ainda passaram a impressão de que iriam retomar o futebol que os levou à liderança.
A marcação estava na saída de bola. Tanto é que Eder Luis carimbou o travessão após corte errado da zaga do Furacão, que só havia assustado em cobrança de falta venenosa de Paulo Baier. No entanto, a maré começou a mudar. Experiente, o técnico Antônio Lopes percebeu que os 33 anos de Felipe poderiam pesar e passou a explorar a velocidade da dupla Wagner Diniz e Guerrón da direita de seu ataque. Foi dos pés do lateral que saiu o cruzamento, na frente do camisa 6 vascaíno, para Paulo Baier, livre de marcação, abrir o placar.
Menos de dez minutos depois, mais um lance pela direita. Novamente Wagner Diniz dominou e, com espaço, cruzou perfeitamente na cabeça de Guerrón. Fagner marcou o equatoriano de longe e nada pôde fazer para impedir o Atlético-PR de ampliar.
Os dois gols abalaram demais a confiança do Vasco, que não mostrava poder de reação. E o adversário se aproveitou para explorar os contra-ataques com jogadas rápidas para ameaçar o adversário. Ciente de que o Atlético-PR continuaria a explorar a direita, Felipe evitou passar do meio-campo, e o time carioca perdeu sua qualidade no passe e passou a insistir pelo meio.
O técnico Cristóvão Borges mandou o Vasco de volta para a etapa final com duas alterações: Elton no lugar de Alecsandro, e Allan, no de Romulo. No Furacão, Lopes não viu necessidade de troca. E pouca coisa mudou no início, com o Atlético-PR explorando bem a fragilidade defensiva do Vasco, com Guerrón deitando e rolando por ambos os lados do campo. E Wagner Diniz continuou tendo espaços pela direita. Tanto que deixou Morro García à vontade para fazer o terceiro, mas a bola foi chutada para fora pelo atacante uruguaio, na pequena área.
Apesar de defensivamente permanecer o mesmo, no ataque o Vasco foi melhorando a sua produção, aproveitando-se do recuo adversário. E acertou nova bola na trave, desta vez com Elton. Aos 16, o atacante mais perigoso do Furacão, Guerrón, saiu para a entrada de Adaílton. O Vasco passou a dominar o meio do campo e a pressionar em busca do gol, que acabou vindo pouco tempo depois, com Elton completando cruzamento da direita, após falha da zaga do Atlético-PR.
A equipe carioca mandava em campo e quase chegou ao empate, numa bola mal recuada para Renan Rocha, que por muito pouco Elton não alcançou. Apesar de jogar em casa, o Furacão parecia assustado e pouco ameaçava o adversário. Lopes fez mais duas mudanças para tentar recolocar sua equipe nos eixos pouco antes dos 30 minutos: Jenison substituiu Morro García, e Cleber Santana entrou no lugar de Marcinho.
No entanto, o Vasco continuou apertando: Eder Luis perdeu ótima chance, e pouco depois Renan Rocha fez boa defesa após cobrança de falta de Fagner da esquerda. Mas aos 36 não teve jeito: Elton fez o segundo e pôs justiça no placar pelo que a equipe carioca produzia e a paranaense deixou de produzir.
O empate despertou o adormecido Furacão para a sua dura realidade, mas Rafael Santos perdeu uma chance incrível na pequena área, deixando o torcedor rubro-negro com o grito de gol entalado na garganta. A partir daí, o jogo ficou equilibrado, com os dois times em busca do terceiro gol, o que deu à partida momentos de emoção e dramaticidade em seu final. Mas os 2 a 2 permaneceram no placar para decepção completa do torcedor atleticano, que vaiou seu time.
Fellipe Bastos | Eder Luis | Eder Luis |
Allan | Eder Luis | Elton |
Eder Luis e Elton | Eder Luis e Elton | Eder Luis, Elton e Diego Souza |
ATLÉTICO-PR 2 X 2 VASCO
Local: Estádio Arena da Baixada, Curitiba (PR)
Data/hora: 13/10/2011 - 20h30 (de Brasília)
Árbitro: Paulo Henrique Godoy Bezerra (SC)
Auxiliares: Kléber Lúcio Gil (SC) e Ângelo Rudimar Bechi (SC)
Renda e público: R$ 1.206.240,00 / 38.980 pagantes / 43.610 presentes
Cartões amarelos: Guérron, Paulo Baier, Cléber Santana (ATP); Allan, Jumar, Felipe (VAS)
Gols: Paulo Baier 16'/1ºT (1-0); Guérron 23'/1ºT (2-0); Elton 21'/2ºT (2-1); Elton 36'/2ºT (2-2)
ATLÉTICO-PR: Renan Rocha; Edílson, Gustavo, Rafael Santos e Héracles; Deivid, Renan Foguinho, Paulo Baier e Marcinho (Cléber Santana - 29'/2ºT); Guerrón (Adaílton - 16'/2ºT) e Morro García (Jenison - 26'/2ºT). Técnico: Antônio Lopes
VASCO: Fernando Prass; Fagner, Renato Silva, Dedé e Felipe; Rômulo (Allan - 11'/1º), Jumar, Felipe Bastos, Felipe e Diego Souza; Eder Luis e Alecsandro (Elton - Intervalo). Técnico: Cristovão Borges
Col. | Jogador | Média | Col. no ano | Média no ano |
1º | Elton | 9.0977 | 12º | 6.2411 |
2º | Fernando Prass | 7.0725 | 4º | 7.1923 |
3º | Dedé | 6.6034 | 1º | 7.7252 |
4º | Fagner | 6.2174 | 10º | 6.4110 |
5º | Felipe | 6.0770 | 5º | 6.8526 |
6º | Eder Luis | 5.9931 | 9º | 6.4893 |
7º | Jumar | 5.6766 | 8º | 6.4953 |
8º | Diego Souza | 5.6133 | 7º | 6.5802 |
9º | Allan | 5.2708 | 16º | 5.9517 |
10º | Romulo | 5.0053 | 11º | 6.2978 |
11º | Renato Silva | 4.7094 | 17º | 5.9176 |
12º | Fellipe Bastos | 4.6659 | 14º | 6.1556 |
13º | Alecsandro | 1.6232 | 19º | 5.4573 |