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Na última segunda-feira, o lateral-direito dos juniores Yago Andrade comunicou através de seu twitter que havia rescindido o contrato com o Vasco. A notícia poderia passar despercebida para muitos, visto que o jogador nunca foi relacionado para uma participação no time principal e nem sequer chegou a treinar com os profissionais. Entretanto, o desabafo do jovem formado em São Januário chamou a atenção e expôs mais um problema interno nas categorias de base do clube.

Titular por todas as categorias que passou, o jovem de 18 anos perdeu sua vaga no time há cerca de um mês e não escondeu sua insatisfação. "Tem coisas que acontecessem no futebol que eu não posso divulgar no twitter. Melhor deixar quieto porque o Vasco é muito maior que isso. Só vai mudar quando perder promessas, como aconteceu comigo", postou o lateral-direito, mostrando que sua saída do clube estava longe de ser relacionada apenas ao aspecto técnico de sua barração.

Segundo apurou a reportagem do UOL Esporte, a jovem promessa ficou insatisfeita com o fato de perder uma vaga no time titular por questões que extrapolavam o limite das quatro linhas. Preterido por questões políticas, que envolveriam até mesmo a participação de empresários, o garoto solicitou a saída do clube.

Ciente dos problemas que envolviam o desligamento de Yago, a direção do clube ainda tentou demovê-lo da ideia. Em vão, já que o pai do jogador não quis saber de conversa e foi imediatamente ao presidente Roberto Dinamite pedir a liberação de seu filho.

O mandatário cruzmaltino tratou de colocar "panos quentes" na história e evitou polêmicas, dizendo que o jovem de 18 anos não seria aproveitado no time profissional, mas admitiu que o pai do lateral-direito foi diretamente pedir o seu desligamento.

"O pai do atleta me solicitou diretamente que o seu contrato fosse rescindido. Consultei as pessoas responsáveis das categorias de base, e eles me deram o aval para que isso fosse feito", afirmou Dinamite, admitindo ainda que as categorias de base passam por problemas internos, mas que isso é normal em todos os clubes.

"É claro que não queremos perder um jogador, mas isso acontece. Nossa categoria de base tem problemas, mas todos os clubes passam por isso. E o que acontece aqui será resolvido internamente", garantiu o presidente vascaíno.

Apesar da aparente tranquilidade de Dinamite com o caso das categorias de base, a situação não é tão simples assim nos bastidores de São Januário. Com uma insatisfação interna que beira o insustentável, não é novidade que Roberto se desentenda com alguns de seus pares políticos que não concordam com os métodos de trabalho utilizados nas categorias de base do clube. Inconformados, muitos inclusive pedem uma reformulação total no processo, comandado atualmente por pessoas da confiança de Dinamite, como alguns ex-companheiros do presidente na época de jogador.

Fonte: UOL