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Eduardo Costa: 'Temos de valorizar a bola e aproveitar as chances'


Domingo, 09/10/2011 - 10:28

Sempre que o assunto liderança entra em pauta em São Januário, o técnico do Vasco, Cristóvão Borges, adota o mesmo discurso: adverte os jogadores que, depois do esforço para conquistá-la, todos devem se desdobrar para valorizá-la, independentemente de quantas rodadas faltem para o término do Campeonato Brasileiro. Hoje, às 16h, contra o Inter, no Beira Rio, é o mínimo que o treinador espera do time, que não terá a movimentação e a bola parada sempre eficaz, por vezes mortífera, de Juninho Pernambucano, mas contará com a precisão milimétrica, em alguns momentos decisiva, dos passes de Felipe, que reaparece após quase dois meses parado por conta de uma artroscopia no joelho.

— Juninho e Felipe têm algumas características semelhantes, como a experiência e o bom toque de bola, que dão equilíbrio ao time. Se perdemos movimentação no meio sem o Juninho, ganhamos o passe final do Felipe — afirmou Cristóvão. Ricardo Gomes espera voltar Em breve, o interino Cristóvão Borges e os atletas devem receber a visita do técnico Ricardo Gomes. Em entrevista ao “Extra”, ontem, o treinador, que se recupera de um AVE sofrido há pouco mais de um mês, disse que quer ir nas rodadas finais em São Januário e espera voltar ao comando do time em fevereiro, na Libertadores.

Após empatar com o Corinthians depois de estar duas vezes à frente do placar, o Vasco defende novamente a ponta da tabela sem jogadores importantes, e contra um time que luta para provar a si mesmo que tem ainda forças para brigar pelo título. Nesse caso, uma vitória esta tarde é imprenscindível. O desafio do técnico Dorival Júnior, porém, é buscá-la sem seu principal jogador, Leandro Damião, que está machucado. Já Cristóvão será obrigado a fazer mais modificações. Além de Juninho, não terá Dedé, também na seleção, e promoverá a volta de Alecsandro no lugar de Élton, suspenso.

— Se estamos na condição de líderes do campeonato, é por conta da nossa força coletiva — disse o treinador.

O volante Eduardo Costa, que despontou no futebol brasileiro jogando pelo Grêmio, dá a receita para o Vasco fazer um bom jogo em Porto Alegre: manter-se bem posicionado no campo de defesa para neutralizar o bom toque de bola do Inter e, a partir daí, armar seu jogo. A tática remete a duas partidas em que, segundo ele, o time foi quase perfeito: nas vitórias por goleada sobre o Cruzeiro, em Sete Lagoas, e Grêmio, no Rio.

— Sem dúvidas, aquelas partidas são modelos que temos de repetir — afirmou. — Até porque a qualidade dos dois times é parecida com a do Inter. Temos de valorizar a bola e aproveitar as chances.

Embora o Inter precise mais da vitória do que o Vasco, Cristóvão e os jogadores já conversaram que esperar o adversário ir à frente para contraatacá- lo pode ser uma estratégia bastante perigosa.

— Esperar uma equipe forte, com mando de campo, não é boa ideia, não — lembrou Éder Luís. — Aos poucos, vamos aprendendo a jogar com a liderança. Até lá, temos de estar sempre ligados.

Fonte: O Globo