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Alecsandro quer voltar a fazer careta para espantar má fase


Sexta-feira, 07/10/2011 - 10:07

Alecsandro que voltar a fazer a careta, que se tornou sua marca registradaAlecsandro não vê a hora de fazer cara feia para espantar o mau momento. E nada melhor do que uma boa careta para voltar a viver a boa fase, como nas finais da Copa do Brasil. Após cerca de um mês fora do gramados por conta de uma lesão muscular, o atacante será titular no domingo, contra o Inter. Ansioso por acabar com o período de seca de gols, a comemoração com careta, além de uma homenagem ao pai, o ex-jogador Lela, virou uma espécie de “sai, uruca” para o camisa 9 vascaíno.

Após brilhar na reta final da Copa do Brasil, Alecsandro não conseguiu repetir o feito neste Brasileirão. Até agora, balançou a rede apenas duas vezes, ambas no jogo contra o Atlético-PR, no dia 16 de julho, pelo primeiro turno. E comemorou fazendo careta. De lá para cá, seca de gols, críticas da torcida e uma lesão muscular. Esse panorama, por pouco, ou melhor, por centímetros, não mudou já contra o Corinthians, no domingo, quando entrou no segundo tempo. Poucos perceberam, mas, ao balançar a rede, ele fez o gesto da careta por segundos, até perceber que havia sido assinalado o impedimento.

– A careta já saiu. Pouca gente viu, mas é que eu estava impedido contra o Corinthians. Mas já dei uma ameaçada, não é? (risos) Ficou para depois – disse o atacante.

Confiante, ele, apesar da má fase, se diz pronto para ser decisivo novamente. Afinal, não é de hoje que o atacante costuma brilhar em momentos decisivos.

– Por vestir a camisa 9, eu assumo a responsabilidade de fazer gols. E toda vez que o time no qual eu estive precisou, assumi e disse que tinha que fazer gol – destacou ele, sem dispensar a careta nesta reta final.

– A careta é espontânea, depende do gol, da forma. Mas é logico que, nas 11 rodadas que faltam, no momento oportuno, vou fazer a careta.

Sem mágoa do Internacional

Alecsandro voltará a ser titular justamente contra o Internacional, seu ex-clube. E, apesar de ter enfrentado constantes críticas no clube gaúcho pouco antes de se transferir para o Vasco, o camisa 9 garante não ter mágoas.

– Eu não tenho mágoas do Internacional. Nem do torcedor, pois conquistei títulos importantes lá, fiz amigos, ganhei prestígio no futebol brasileiro, mais ainda do que eu já tinha. Lógico que, depois do Mundial Interclubes, o torcedor escolheu alguns jogadores para criticar e um deles acabou sendo eu. Foi coisa de meia dúzia de pessoas. Acontece em qualquer clube – ressaltou ele.

As caretas de Alecsandro

Vasco 2 x 2 Atlético-PR

Pelas quartas de final da Copa do Brasil, ele fez um e, pela primeira vez pelo Vasco, comemorou com careta.

Vasco 1 x 0 Coritiba

No primeiro jogo da final da Copa do Brasil, Alecsandro marcou o gol da vitória e fez careta novamente.

Vasco 2 x 1 Atlético-PR

Pelo primeiro turno do Brasileiro, Alecsandro fez dois gols e comemorou com careta. Foi a última vez.

Bate-Bola

Alecsandro - Em entrevista coletiva

Espera repetir no Brasileiro o que fez na Copa do Brasil?

Na minha primeira entrevista aqui, o momento era muito ruim e falei que vinha para conquistar título. Alguns até deram risada. Acho que já conquistamos dois, pois a vaga na Libertadores tem que ser comemorada como tal. Tive a felicidade de marcar nos dois jogos da final da Copa do Brasil e ter sido importante para o título. Mas agora quero mais nesse retorno.

Em alguns momentos, você não faz gol e a torcida pega no pé. Mas, taticamente, é importante para o time. O que tem a falara sobre isso?

Posso passar dois, três jogos sem fazer gols. Mas é o que digo sempre: jogo para o grupo, não para mim. O que me deixa tranquilo é que, mesmo quando não faço gol, estou fazendo o que o treinador quer. Ajudo taticamente, abrindo espaço para os outros jogadores. Com todo respeito aos torcedores, companheiros de time, mas sempre procuro fazer o que o treinador quer.

Há diferenças entre Cristovão Borges e Ricardo Gomes?

São parecidos. Claro, guardadas as devidas proporções, um é preto, outro branco (risos). Mas é como se fosse o Ricardo ali. O Cristovão está de parabéns. É um cara que nunca quis ser técnico, diferentemente de muitos que há por aí. Já trabalhei assim. É só ver um técnico sair do cargo, o auxiliar assume e faz logo duas, três mudanças. Acontece.

Fonte: Lancenet