Tetracampeão do mundo com a seleção brasileira, dono de uma impressionante marca de mil gols ao longo da carreira, eleito melhor jogador do mundo pela Fifa. Tudo isso deixa claro porque Romário é considerado como um dos principais nomes da história do futebol nacional.
Agora, Romário vai mostrar que também é craque nos microfones. Romário vai ser comentarista da Rede Record e do R7 nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara-2011. O ex-jogador se junta a uma equipe de campeões já formada por grandes nomes do esporte, como Magic Paula e Oscar Schmidt (Basquete), Fernando Scherer, o Xuxa (Natação), Luisa Parente (Ginástica), e Rogério Sampaio (Judô).
Revelado nas categorias de base do Vasco da Gama, Romário chamou a atenção logo no início da carreira pelos gols marcados. Foram 24 logo no primeiro ano, em 1985. Vice-artilheiro do Campeonato Carioca, o Baixinho assinou um contrato profissional com o time da Colina. Começava ali uma trajetória de muito sucesso.
Bicampeão carioca pelo Vasco e medalhista de prata nos Jogos Olímpícos de Seul-1988, Romário chamou a atenção do futebol europeu e acabou tendo o passe vendido ao PSV, da Holanda, clube pelo qual conquistou três títulos nacionais e se consolidou como o "gênio da grande área". Em 1989, o Baixinho conseguiu uma impressionante média de 1,04 gols por partida, feito que praticamente se repetiu nos três anos seguintes.
Romário passava a ser a esperança da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1990, mas uma contusão a apenas três meses do Mundial atrapalhou os planos do Baixinho. Mas o futuro reservava uma compensação para o jogador, que continuou brilhando no PSV.
As quatro temporadas no clube holandês levaram o Baixinho para o Barcelona, em 1993. Neste mesmo ano, Romário começava finalmente a escrever seu nome na história da seleção brasileira. Após um período sem ser convocado devido a divergências com o técnico Carlos Alberto Parreira, o jogador foi chamado para salvar o Brasil na última rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 1994. Para o time canarinho, restava apenas vencer o Uruguai, no Maracanã.
Com uma brilhante atuação, Romário marcou o gol da vitória e classificou o Brasil para o Mundial. Nos Estados Unidos, o Baixinho foi o grande nome da seleção brasileira que conquistou o tetracampeonato, quebrando um jejum de 24 anos sem conquistas na Copa do Mundo. Campeão espanhol com o Barcelona, o ano terminou com a eleição de melhor jogador do mundo pela Fifa.
Em 1995, Romário voltou ao Brasil em uma das contratações mais caras da história do futebol nacional. Ele fazia parte dos planos do Flamengo de montar um time imbatível, que contava com Sávio e Edmundo, e era treinado por Vanderlei Luxemburgo. No entanto, o time não alcançou bons resultados. Mesmo assim, o Baixinho esteve entre os melhores do mundo na votação da Fifa. Durante a passagem pelo Rubro-Negro, Romário foi também emprestado ao Valência-ESP.
Na seleção brasileira, em 1997, surgia uma grande dupla de ataque. Romário passou a ter a companhia de Ronaldo. Juntos, conquistaram a Copa América e a Copa das Confederações. Os dois eram as esperanças do pentacampeonato na Copa de 1998, na França. No entanto, uma lesão na panturrilha tirou o Baixinho do Mundial a poucos dias da competição. O corte da lista realizado pelo técnico Zagallo não foi perdoado pelo Baixinho.
Em 1999, Romário voltou às origens ao acertar com o Vasco da Gama. No ano seguinte, liderou o time da Colina nos títulos da Copa João Havelange (Campeonato Brasileiro de 2000) e da Copa Mercosul. A conquista do Nacional em 2000 era o grande sonho do Baixinho, que não possuía o título em sua carreira. Em 1989, o Vasco foi campeão brasileiro após a saída do jogador para o PSV.
A ótima fase de Romário no Vasco não foi suficiente para o técnico Luiz Felipe Scolari atender aos pedidos da torcida brasileira em 2002, e o atacante acabou ficando de fora da seleção que conquistou o pentacampeonato mundial na Coréia e no Japão.
Romário teve ainda passagens pelo Fluminense, Miami FC-EUA, e Adelaide United-AUS, além de mais dois retornos ao Vasco da Gama. Na última passagem pelo time da Colina, o Baixinho fez história mais uma vez. No dia 20 de maio de 2007, contra o Sport, Romário marcou o milésimo gol de sua carreira. Assim como Pelé, em 1969, a marca histórica veio em uma cobrança de pênalti.
Com a carreira terminada nos campos, Romário entrou para a política, motivado pelo nascimento da filha Ivy, portadora da Síndrome de Down. Eleito deputado federal em 2010, Romário passou a ter uma atuação no Congresso que questionava as atitudes de Ricardo Teixeira na presidente da CBF e do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014.
Fonte: R7