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Dois clubes tradicionais do futebol brasileiro recentemente viveram o pesadelo de cair para a segunda divisão. A mancha na história de Vasco e Corinthians provocou mudanças drásticas fora de campo e os resultados apareceram quando a bola rolou. Prova disso é que no domingo, às 16h, as duas equipes fazem o confronto de líder e vice-líder do Brasileirão, em clima de decisão.

Dois anos após disputar a Série B, o Vasco faturou a Copa do Brasil em 2011 e lidera o Campeonato Brasileiro.

Já o Corinthians participou da segundona em 2008. De lá para cá ganhou a Copa do Brasil e o Paulista, em 2009, e no ano passado e neste ano figura na briga pelo título do Brasileiro.

O renascimento dentro de campo é consequência de alterações na administração. Veja quadro abaixo:

VASCO

Profissionalização da diretoria

Antes comandado por diretores amadores ligados ao grupo político do ex-presidente Eurico Miranda, o futebol do clube passou a ser dirigido pelo executivo Rodrigo Caetano. Homem de confiança de Roberto Dinamite, o novo gestor montou uma estrutura profissional no departamento e deu novos rumos ao futebol vascaíno.

Aumento de receita e novos patrocínios

Após amargar receitas que giravam em torno de R$ 3 milhões/ano em 2008, o Vasco renegociou seus contratos de patrocínios. Hoje, juntando os valores de Eletrobras, BMG e Ale, o clube recebe cerca de R$ 17 milhões/ano. Além disso, os vascaínos desenvolveram parceria com grandes empresas, como a AmBev, responsáveis por custear as reformas de São Januário.

Apostas acertadas

Sem crédito no mercado, principalmente em função do rebaixamento e das polêmicas envolvendo a antiga diretoria, os dirigentes do futebol vascaíno tiveram que apelar para as apostas que surgiam no cenário nacional. E acertaram em cheio. Nomes como Dedé e Rômulo corresponderam às expectativas e são alguns dos destaques do atual time.

Contratações de peso

Após dois anos sem grandes aquisições, o Vasco voltou a investir pesado e contratou alguns nomes de peso para a atual temporada. Além de acertar o retorno do ídolo Juninho Pernambucano, o clube trouxe Diego Souza e Alecsandro. Em 2010, o clube já mostrava certo "apetite" no mercado ao repatriar Felipe e contratar Eder Luis.

CORINTHIANS

Novo CT e Itaquerão

O moderno centro de treinamento Joaquim Grava está praticamente pronto, e a previsão de gastos é de R$ 45 milhões. Além disso, enfim saiu do papel o projeto de construção do estádio, que será sede da Copa do Mundo, e o valor se aproxima dos R$ 900 milhões, com ajuda do governo. A parte negativa é o aumento da dívida do clube para mais de R$ 170 milhões.

Marca mais valiosa do Brasil

A marca do Corinthians tem valor de mercado de R$ 867 milhões, segundo estudo de uma empresa de auditores. O valor é 16% superior ao auferido em 2010. Entre as receitas que mais contribuem, se destaca patrocínio, que superou os R$ 47 milhões em 2010, bilheteria, que produziram R$ 29,4 milhões em 2010, e cotas de TV. Em 2010, o faturamento foi de R$ 212,6 milhões, R$ 31,6 milhões a mais do que em 2009.

Reforços de peso internacional

De 2008 para cá, o Corinthians mostrou poder de compra no mercado da bola. Após ser campeão da Série B, o time alvinegro surpreendeu ao anunciar a chegada de Ronaldo. Dentro de campo, o Fenômeno faturou dois títulos, mas sua contribuição maior foi fora das quatro linhas, para atrair mídia e patrocínios milionários. Outros reforços de peso foram Roberto Carlos e Adriano.

Técnicos preservados

Da queda para a Série B até hoje, o Corinthians teve apenas três técnicos. Mano Menezes assumiu o comando em 2008 e faturou a segundona. Em 2009, foi campeão da Copa do Brasil e paulista. Em julho de 2010, foi para a seleção. Adilson Batista o substituiu, mas ficou apenas 17 partidas. Tite está no clube há quase um ano e, apesar do protesto de torcedores, conta com o aval da diretoria.

Fonte: UOL