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Mudanças de posição explicam oscilações na carreira de Diego Souza


Sábado, 01/10/2011 - 09:48

O meia Diego Souza tem mostrado ao longo de sua carreira a característica de alternar bons e maus momentos com grande frequência. Agora, ele vive uma de suas melhores fases, tanto que foi convocado para a Seleção Brasileira, mas durante este ano mesmo já passou por períodos sem brilhar. Na opinião do próprio jogador, umas das explicações pode ser o fato de ter mudado algumas vezes de posição durante sua trajetória profissional.

Quando começou no Fluminense, ele atuava mais recuado, inclusive sob o comando do técnico Ricardo Gomes. Quando voltou ao Brasil após passagem na Europa, acabou virando um apoiador bastante ofensivo. Na época de Palmeiras e também com a camisa do Vasco, ele atuou algumas vezes como atacante.

- Eu subi cedo profissionalmente e logo fui vendido para fora. Quando cheguei no Grêmio, em 2007, consegui levantar a minha carreira jogando nessa posição (apoiador). Fiz um 2007 muito bom, um 2008 bom e, em 2009, o melhor dos três. O ano de 2010 foi conturbado, aconteceram coisas no Palmeiras, como a perda de um título, fiquei dois meses parados, e fui contratado pelo Atlético-MG depois desses dois meses parado. Isso tudo prejudica. Acabou que esse ano foi aos trancos e barrancos. O ano de 2011 era minha aposta para conquistas e para deixar 2010 para trás. Fiz uma pré- temporada muito boa, fui muito bem recebido aqui no Vasco, com um elenco jovem, mas querendo buscar espaço no mercado, conquistar títulos e marcar história. Isso tudo ajuda para o que está acontecendo hoje – analisou o camisa dez vascaíno.

Para Diego Souza, a experiência de já ter trabalhado com Ricardo Gomes e Cristóvão Borges nas Laranjeiras foi fundamental para esse momento.

- Já tinha trabalhado com Cristóvão no Fluminense, uma pessoa fantástica, muito parecida com o Ricardo (Gomes). É tranquilo, sereno e foi jogador, sabe bastante o que acontece com cada um. Ele conversa bastante comigo e tem me deixado jogar na maneira que eu gosto, no lugar que ele acha que eu posso render melhor (no meio com liberdade para chegar dentro da área adversária). Esse diálogo só ajuda – elogiou.

Cristóvão contou sua estratégia para tentar ajudar o apoiador vascaíno a integrar novamente a lista dos principais destaques do Brasil na atualidade.

- Ele vinha alternando muito nos últimos anos. Quando veio para cá, também não estava em uma fase boa. Acompanhei a carreira dele e via que mudava de posição, ganhava outras características. Agora ele tem outra forma de jogar. O que nós fizemos foi aproveitar isso em benefício do time, e isso facilita a maneira dele jogar. Deixamos ele à vontade e deu esse casamento – explicou o comandante vascaíno.

Entretanto, para o atleta chegar a este estágio, alguns puxões de orelha foram dados pela comissão técnica, segundo o próprio Cristóvão. Neste Brasileiro, o camisa 10 foi barrado antes da partida contra o Internacional e só voltou depois de melhorar o condicionamento físico.

- Se lembrarmos, nesse período demos um aperto nele para que entendesse as coisas. Ele entendeu, cresceu e hoje está à vontade, confiante e tem nos ajudado bastante – concluiu o treinador.

Fonte: GloboEsporte.com