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Casaca responde declarações do vice de remo do Vasco Paulo Mahomed


Quinta-feira, 15/09/2011 - 06:13

Triste início de uma gestão no Remo

Começou mal, mas muito mal mesmo o novo vice-presidente de Remo do clube, Paulo César Mohamed Alli.

Se sua participação na modalidade será tão inútil, da forma como se deu seu discurso surreal, o caminho do Vasco tende a ser tão inócuo, quanto seu pseudo representante o foi à frente do Remo nos anos em que esteve por lá na mesma função para a qual foi indicado nesta gestão.

Inicialmente cabe ressaltar a aproximação do citado vice se dar no Vasco pelo fato deste ter sido advogado de Calçada.

Chegou à vice-presidência do Remo e exerceu tal função até quase o fim do triênio 1995/97, saindo não por lhe faltar combustível, mas sim competência. Por mais que tenha dado – a si próprio – notas favoráveis quanto a sua qualificação, tal não foi convincente à direção do Vasco. Esta concluiu ser ele, após alguns anos, um notório incompetente para o exercício do cargo que ocupava. A primeira mentira, portanto, já está desmascarada.

Quanto a trazer para o Remo dois barcos, isto não teve nenhuma participação dele, que apenas recebeu os barcos. A ordem veio de cima, como também viria outra na ocasião em que o clube trouxe no ano dos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg dois barcos que seriam aproveitados pelo COB na competição.

A lamentável trajetória do ex advogado de Calçada quando à frente do Remo vascaíno foi entremeada também pela prática de outros esportes (uns falam de tiro ao alvo, outros de luta livre), em plena sede Náutica do clube para espanto geral, envenenamento (por certo involuntário) de árvore que trouxe como brinde uma multa a ser paga pelo Vasco, enfim, funções múltiplas exercidas talvez com excesso, como dissemos, de muito combustível pessoal em nome de seu amor ao Vasco.

Em relação ao ocorrido durante a sua gestão, especificamente no Remo, o técnico Marcelo Neves quando trazido fazia um estágio na CBR, no Canadá, portanto, nada a ver com Mar del Plata. Já no que tange à citada regata (em uma de suas falas infelizes dos últimos dias), que foi a última de 1997, nela uma manobra do Flamengo junto à Federação de Remo (historicamente favorável ao rubro-negro nas decisões administrativas) que impedia as remadoras canadenses de competirem num páreo fundamental para que o Vasco ainda tivesse chances de conquistar o campeonato daquele ano, foi o que ensejou a perda de chances para a conquista do título já diminutas, por sinal, antes da realização da prova pelos próprios resultados daquele dia até ali.

Quanto à suposta promessa junto à Calçada sobre o centenário, feita pelo vice de Remo na época, esta deve ter sido realizada antes do próprio Calçada e toda a diretoria, em comum acordo, decidirem pelo afastamento do próprio promitente, ainda em 1997 e antes das eleições realizadas em novembro daquele ano. Na reunião ocorrida de diretoria, inclusive, chegou-se a conclusão que o problema do Vasco no Remo não era falta de combustível, pois este havia de sobra por parte daquele vice de Remo apaixonado pelo Vasco, mas sim de competência.

Na ânsia de tentar justificar sua saída no final de 1997, o atual vice-presidente de Remo partiu, entretanto, para testemunhar algo tendo como receptor da conversa alguém que já faleceu e não pode responder para desmenti-lo. Mas para quem conhece um pouquinho que seja do Vasco, não iria Mário Lamosa – ex-remador e dirigente campeoníssimo no Remo (inclusive como vice-presidente de Remo na última conquista estadual até ali ocorrida em 1982) – tomar instruções, conselhos, aprender esportes de contato, ou de mira (sabe-se lá), aprender a tratar de árvores, ou ainda se espelhar nos fracassos consecutivos do Remo naqueles últimos anos, utilizando-se das dicas, ou sugestões de um vice no esporte tão fracassado, como comprovadamente, segundo a direção da qual fazia parte Calçada, seu cliente de outrora, incompetente.

O Vasco, para o ano do centenário, trouxe atletas como o português Henrique Baixinho, os campeões mundiais de Juniores Thiago e Sobral, Periquito, entre outros nomes de destaque e foi campeão, mas não sem ter que novamente brigar junto à Federação de Remo em meio à competição, a fim de fazer valer uma prova na qual venceu e o Flamengo quis levar no tapetão, com mentiras e notas assinadas com falsas declarações a respeito da própria.

Não houve constrangimento de Mário Lamosa em dar um soco, mas na mesa, e dizer não aceitar a decisão que se avizinhava, disforme das imagens apresentadas pelo Vasco, bem como também não se constrangeu Eurico Miranda, quem representava o Vasco na sua direção, a sair da reunião, encerrando-a em seu estilo, mas obtendo diante de argumentos, das mais variadas ordens, o reconhecimento da vitória vascaína naquela regata, decisão a qual deu esteio para a conquista vascaína no ano de seu centenário, com méritos claros, especificamente no Remo, aos funcionários, incentivadores, direção (composta também por Antônio Lopes Caetano Lourenço, Grande Benemérito do Club de Regatas Vasco da Gama), mas nem de perto, ou longe pela figura que desandou a falar bobagens recentemente.

Finalmente, um recado para o novo vice de Remo e à atual gestão do Vasco. O clube conquistou de fato o Hexa Campeonato Carioca de Remo e não o Penta, mesmo porque terminou à frente do Flamengo em número de pontos na ocasião. Quem se diz representante do Remo do clube deve saber que o Flamengo através de várias manobras tenta até hoje a divisão do título. Não imaginamos que o Vasco para o bem do Remo carioca venha entregar o título ao Flamengo, ou mesmo dividi-lo, por desleixo ou inoperância. Portanto, o Hexa é nosso (até mesmo do referido vice de remo atual), mas mérito dele não há algum numa conquista que remonta duas das maiores sequências do clube nos anos 20 e 30 do século passado, perdendo apenas para o hexa-deca-campeonato inédito no Rio de Janeiro proporcionado por muitos heróis do passado, incluindo-se entre eles Mário Lamosa, bem como a manutenção isolada de tal marca em 1982 e 1998, com a presença de grandes remadores, destacando Oswaldo Kuster Neto, o “Vaval” (personificação de amor verdadeiro ao Vasco), dirigentes, reiterando, Mário Lamosa, Antônio Lopes, o próprio Eurico Miranda, além de outros dignos representantes do esporte de origem do Vasco, grupo do qual não faz parte ainda o atual vice-presidente de Remo do clube.

Sua nota até aqui, mesmo que parceiros atuais tentem inflá-la, por amor ao Vasco, é ZERO!

Casaca!


Fonte: Casaca