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Mahomed Alli, novo vice de remo, promete Vasco forte para 2012


Quarta-feira, 14/09/2011 - 00:45

Em participação no programa "Só Dá Vasco" desta 3ª-feira (13/09), o novo vice de remo do Vasco, Paulo Cesar Mahomed Alli, falou sobre sua passagem anterior pelo clube, na década de 1990, e prometeu um remo forte em 2012:

"Eu estou chegando ao remo depois de 15 anos. Quem me conheceu no passado desses 15 anos sabe de que forma eu peguei o remo na ocasião, em piores condições que peguei hoje, embora o meu ex-colega vice-presidente não tenha tido qualquer tipo de culpa a respeito disso. Estamos passando um momento difícil, financeiro, mas vamos superá-lo. Nós estamos realmente na reta certa, no caminho certo, pegamos a trilha e vamos dar seguimento. O passado me deu bastante experiência. Na época, eu trouxe flotilhas e fomos quase que durante cinco anos imbatíveis no remo. De 98 a 2003, nós fomos campeões direto, sem que houvesse qualquer possibilidade de chance para outros times, nem para o Flamengo, muito menos para o Botafogo, que hoje, por um descuido, passou a nossa frente, mas vamos recuperar. Estou pegando a sede com um pouquinho de dificuldade, mas não há nada que a gente não possa superar. Com certeza, eu estou saneando bem as coisas, tenho grandes projetos. Tenho um projeto de renovar a nossa flotilha, que é uma das necessidades prioritárias. Tenho certeza absoluta que a partir do ano que vem vai ser muito difícil os nossos adversários suportarem o peso do meu trabalho e do nosso trabalho da equipe."

"Foi quando eu então formado de advogado, me tornei advogado do Antonio Calçada, que é meu amigo, amigo da família. Ele me levou para o Vasco. O Vasco não estava bem no remo. Ele pediu que eu tomasse conta temporariamente. Nesse temporariamente, me apaixonei mais ainda, porque eu estava administrando um departamento importante. Por que é importante? Porque é o alicerce do Vasco. Hoje só se fala em futebol e remo. O imortal é o remo. O remo é o imortal. O futebol é o carro-chefe. São os dois que correm lado a lado. Embora não tenhamos tantos recursos quanto os recursos que são encaminhados para o futebol, eu acredito que em pouco tempo, não muito mais que muito tempo, nós vamos obter recursos e transformar o remo no que merecidamente ele é. Dizer aos vascaínos que acreditem. Essa administração não vai faltar e nós vamos levar o remo à sua posição que sempre foi: o primeiro lugar, a exemplo do que está acontecendo com o futebol."

"Eu ocupei de 94 a 98. Se fala no ex-presidente do passado. A reserva que eu faço é do Antonio Calçada, que é um apreço muito grande que tenho, porque sempre foi meu amigo, então, de fato, não tenho queixas. Mas fazia parte daquela administração esse mal-estar, que é conhecido de todos nós, que, lamentavelmente, foi o Eurico. Podíamos ter sido campeão em 97, porque eu trouxe os barcos em 95 para 96. Deixamos de ser campeão naquele ano porque fui convidar o Eurico para comparecer lá no Estádio de Remo, depois de eu ter contratado as duas melhores remadoras, que eu trouxe do Canadá, que seriam o nosso marco daquele ano. Tive um mal-estar muito grande naquela tarde. Gerou realmente uma indisposição entre eu e o Eurico. Foi a minha reserva com ele, porque ele pediu para tirar os barcos de dentro d'água, quando ainda ia haver as competições. Eu me descompensei, discutimos e, lamentavelmente, perdemos aquela competição. Daí, eu, em reunião com o Calçada, disse a ele o seguinte: 'Vou lhe dar o centenário, que foi uma promessa minha para você. Vou ficar até o centenário, que é em 1998'. E foi o que aconteceu. Em 98 houve uma nova eleição. Nós fomos reeleito para aquele período 98, 99 e 2000. Veio o centenário em 98 e dei a minha carta de demissão. Entreguei à administração, já vitoriosa, e consegui o mesmo técnico que está lá hoje, o Marcelo. Esse rapaz, eu trouxe ele de Mar del Plata, numa competição que nós tivemos. Lá eu o conheci e hoje acho que é o melhor técnico que tem no remo aqui no Rio de Janeiro. Aí resolvi me afastar porque não havia mais, perdi aquela relação de trabalho, confiança, participação e companheirismo com o Eurico, lamentavelmente. Fiquei feliz porque passei, se não me engano, não me lembro se foi com o Lamosa, o falecido Lamosa, e pedi a ele que desse continuidade. Assim foi feito e nós fomos campeões cinco anos seguidos."

Fonte: NETVASCO (transcrição)