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Quando Alecsandro errava duas ou três bolas no comando do ataque vascaíno, o coro em São Januário pedia insistentemente Elton. Na primeira partida em que substituiu Alecsandro, no intervalo do jogo contra o Ceará, ele entrou, marcou duas vezes e parecia que embalaria de vez no ataque com Eder Luis. Mas isso não aconteceu. Neste domingo, em mais uma oportunidade do Vasco para chegar à liderança do Brasileiro — embora sem Juninho, liberado para ir à França —, Elton pode ter a última chance de mostrar que eram justos os pedidos dos vascaínos.

Apesar de ter jogado menos vezes — no Brasileiro foram 15 jogos, mas apenas sete como titular —, de ter o mesmo número de gols na temporada que Alecsandro (nove cada um) e de ter marcado mais no atual campeonato — Elton marcou seis vezes no Brasileiro, quatro a mais que Alecsandro —, o camisa 39 ainda não achou o seu espaço no time. Contra o Coritiba, especialmente, mostrou uma ansiedade e um egoísmo que levaram Diego Souza, companheiro de quarto e amigo de Alecsandro, a reclamar acintosamente contra ele, que não tocou uma bola fácil para a conclusão do camisa 10 vascaíno.

No último jogo fora de casa do Vasco, além do triste placar de 4 a 1 para o América-MG, outro número assustador veio, justamente, de Elton: ele cometeu seis faltas e não finalizou sequer uma vez contra a meta adversária. Muito pouco para um atacante que pretendia aproveitar a chance, durante a contusão de Alecsandro, para ganhar de vez a vaga no time titular do Vasco.

Ricardo Gomes sempre incentivava a disputa por vagas, mas demonstrava preferência pelo atacante de 30 anos. Jogador com mais currículo — foi campeão da Libertadores pelo Internacional —, Alecsandro, mesmo sem marcar há nove jogos, pode voltar ao time na próxima partida e deixar Elton a ver navios. A não ser que o artilheiro da Série B de 2009 se preocupe mais em jogar futebol do que em fazer faltas.

Fonte: O Dia Online