Com a vitória, o Vasco voltou a ser o více-líder do Campeonato Brasileiro, com os mesmos 41 pontos do líder São Paulo (perde no saldo de gols). O Corinthians, que tem 40 pontos e joga ainda nesta noite contra o Flamengo, pode ultrapassar vascaínos e são-paulinos. Já o Coritiba, que vinha de boa vitória sobre o Timão, está em décimo lugar, com 29 pontos conquistados.
O Vasco volta a entrar em campo no próximo domingo, contra o Figueirense, às 16h (de Brasília), no Orlando Scarpelli. O Coxa terá nova missão complicada contra outro clube carioca. O time vai receber o Botafogo, no Couto Pereira, no mesmo dia e horário.
O jogo lembrava muito a primeira partida da final da Copa do Brasil. O Vasco, até por causa da responsabilidade de atacar, não conseguia se organizar em campo. Torto, atacava somente com Eder Luis e Fagner pelo lado direito. O Coritiba sim era mais perigoso e até o ídolo vascaíno Dedé, que voltava ao time nesta noite de quinta-feira, foi driblado em um dos ataques do Coxa. Foi, inclusive, dos visitantes o primeiro lance de perigo com Pereira, desviando falta cobrada por Tcheco.
Aos poucos, com lances isolados de Juninho e escapadas de Eder Luis, o Vasco voltava a aparecer no campo de ataque. O caminho era a direita, até pelo retorno de Jumar ao time. O volante voltou a ser improvisado na lateral esquerda e subia pouco para auxiliar o ataque. Assim como no jogo contra o América-MG, o Vasco tinha mais posse de bola, mas não chegava a traduzir o domínio em chances e a bola parada voltava a ser o caminho mais viável.
E bola parada no Vasco hoje em dia atende pelo nome de Juninho Pernambucano. Antes de a bola rolar, ele aqueceu com Fernando Prass batendo três bolas para o gol. Era só um aperitivo. Quando o jogo estava valendo mesmo, o Reizinho precisou de três chances para acertar uma. E foi um golaço. De longe, o camisa 8 bateu forte e a bola ainda explodiu no travessão para cair dentro do gol do Coritiba. Foi seu terceiro gol de falta em quatro marcados no Brasileiro.
O gol deixou Juninho ainda mais à vontade. Já no fim da primeira etapa, ele deu uma arrancada que lembrou o garoto que chegou de Recife em 1995. Enquanto isso, o Coritiba tentava se reerguer. Marcos Aurélio era o jogador mais perigoso, mas, em determinados momentos, pecou pelo individualismo chegando até a receber reclamações dos companheiros. E mesmo com o esforço, o time não conseguiu mudar o panorama do jogo.
Na volta para o segundo tempo, o Coritiba promoveu duas alterações. O técnico Marcelo Oliveira sacou o zagueiro Pereira, machucado, e colocou o jovem Luccas Claro. No meio, Willian, que já tinha amarelo, deu lugar a Everton Costa. Desta forma, o Coxa passou a jogar com dois volantes e três meias.
Sem forçar muito o ritmo, o Vasco chegou ao segundo gol. Após cobrança de falta de Juninho, aos 9 minutos, Romulo meteu a cabeça e correu para a galera. O time da casa ainda teve uma chance mais para ampliar, com Elton, mas o chute do atacante foi muito ruim.
Aos poucos, o Coxa se animou um pouco mais, o suficiente para incomodar o Vasco. Everton Costa, de cabeça, obrigou Fernando Prass a fazer grande defesa, aos 17. O técnico Cristóvão Borges tentou dar novo gás ao time vascaíno, e trocou Diego Souza por Bernardo. O panorama, entretanto, continuou parecido. Fechada, a equipe carioca tentava sair na boa, mas errava muitos passes. Os paranaenses, por sua vez, não mostravam ímpeto suficiente para buscar uma reação.
O Vasco, então, administrou o placar. A nota triste, já no fim da partida, foi o choque de cabeças entre Luccas Claro e Renato Silva. O zagueiro vascaíno levou a pior e chegou a ficar desacordado em campo. Já consciente, Renato deixou o campo de ambulância e foi encaminhado a um hospital próximo ao estádio. Victor Ramos entrou no time do Vasco e recompôs a zaga até o apito final.
Nos acréscimos, o Coxa chegou a balançar a rede, com Bill, mas a arbitragem erradamente anulou o lance, apontando um impedimento inexistente do atacante.
VASCO 2 X 0 CORITIBA
Local: São Januário, no Rio de Janeiro
Data: 08/09/2011
Horário: 20h30
Árbitro: Jefferson Schmidt (SC)
Auxiliares: Márcia Lopes Caetano (Fifa-RO) e Claudemir Maffessoni (SC)
Cartões amarelos: Juninho Pernambucano, Eduardo Costa (Vasco); Pereira, Willian, Bill, Luccas Claro (Coritiba)
Gols: Juninho Pernambucano 28/1°T (Vasco), Rômulo 9/2°T (Vasco)
Vasco: Fernando Prass, Fagner, Dedé, Renato Silva e Jumar; Rômulo, Eduardo Costa, Juninho e Diego Souza (Bernardo); Eder Luis e Elton. Técnico: Cristóvão Borges
Coritiba: Vanderlei; Jonas, Demerson, Pereira (Luccas Claro) e Lucas Mendes; Willian, Leandro Donizete, Tcheco e Rafinha; Marcos Aurélio e Bill. Técnico: Marcelo Oliveira
Col. | Jogador | Média | Col. no ano | Média no ano |
1º | Juninho | 9.4097 | 2º | 7.6257 |
2º | Dedé | 8.6797 | 1º | 7.7196 |
3º | Fernando Prass | 8.2479 | 4º | 7.1180 |
4º | Romulo | 8.2387 | 11º | 6.2360 |
5º | Jumar | 7.3255 | 7º | 6.5681 |
6º | Renato Silva | 7.0665 | * | 5.9396 |
7º | Fagner | 6.5055 | 13º | 6.2140 |
8º | Eder Luis | 6.4781 | 9º | 6.4457 |
9º | Diego Souza | 6.4462 | 8º | 6.4773 |
10º | Eduardo Costa | 6.2198 | 14º | 6.1898 |
11º | Bernardo | 5.9374 | 6º | 6.7406 |
12º | Elton | 5.7541 | 15º | 6.1439 |
13º | Victor Ramos | 5.1331 | * | 4.4256 |