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Muricy se mostra preocupado com Ricardo Gomes e lembra de Telê
Sábado, 03/09/2011 - 07:04
O AVC (Acidente Vascular Cerebral) sofrido pelo técnico do Vasco, Ricardo Gomes, na partida contra o Flamengo, no último domingo, no Engenhão, causou comoção no futebol brasileiro e fez com que vários times enviassem mensagens de apoio ao treinador. Nesta sexta-feira, o treinador do Santos, Muricy Ramalho, comentou o problema de saúde vivido pelo companheiro de profissão e se mostrou preocupado com a situação de Gomes.
"Por fora ele parece calmo, mas pode ter certeza que por dentro a pressão vai lá em cima. Isso acontece com todos os técnicos, ainda mais aqueles que desejam grandes resultados. Quem quer ser um treinador de ponta, tem que se estressar e trabalhar muito duro para chegar no topo. A cobrança não é fácil. Aí, se a pessoa já tem algum problema acaba acusando depois", disse Muricy.
A preocupação de Muricy Ramalho tem como base aquele que foi o seu principal mentor, o ex-técnico Telê Santana.
Um dos treinadores mais vitoriosos do futebol nacional, tendo dirigido a seleção brasileira nas Copas do Mundo de 1982 (na Espanha) e 1986 (no México), Telê marcou época no São Paulo, no início dos anos 90. Os principais títulos de Telê Santana no Morumbi foram o bicampeonato da Copa Libertadores da América e do Mundial Interclubes (1992 e 1993).
Anos mais tarde, em 1996, Telê sofreu uma isquemia cerebral, que o fez abandonar o futebol. Depois desse problema, o lendário técnico sofreu com uma série de outras doenças, que agravaram o seu estado de saúde, levando-o a morte em 2006.
"Quando acontece algo assim, como foi o caso do Ricardo, todos nós ficamos preocupados. Eu trabalhei com um dos melhores e vi o Telê ficar doente (Muricy era seu auxiliar no Tricolor Paulista). Ele ficou doente por isso. No futebol a exigência é muito grande no nível em que a gente trabalha, que é praticamente 24 horas. Você não tem descanso e isso é preocupante. As pessoas que trabalham com o futebol precisam estar bem, com os seus exames em dia", comentou.
Por conta disso, o comandante santista procura dar uma atenção especial a sua saúde. Muricy Ramalho contou que tem passado por avaliações clínicas periodicamente, procurando sempre ter um controle adequado do seu estado de saúde.
"Sei que o estresse é muito grande e a gente tem que se cuidar mesmo. Você precisa sempre estar com os exames em dia. Fiz uma avaliação geral há uma semana e faço exames duas vezes por semana", destacou.
Ao final, indagado sobre se acredita que Ricardo Gomes pode voltar a dirigir um time de futebol um dia, caso seja liberado pelos médicos, Muricy avaliou que a decisão não será simples.
"Estamos mais alegres com as notícias que estão vindo, que são muito boas. Ele está se recuperando legal e é o momento de deixá-lo um pouco em paz. Ele deve se recuperar, mas se ele vai voltar ao futebol, é algo que o Ricardo precisa ver com a sua família. Eles precisam se reunir e ver o que vai ser daqui para frente. Não é fácil. Ele teve dois avisos (uma leve isquemia ano passado e outro nesse ano)", encerrou.
Fonte: ESPN.com.br
"Por fora ele parece calmo, mas pode ter certeza que por dentro a pressão vai lá em cima. Isso acontece com todos os técnicos, ainda mais aqueles que desejam grandes resultados. Quem quer ser um treinador de ponta, tem que se estressar e trabalhar muito duro para chegar no topo. A cobrança não é fácil. Aí, se a pessoa já tem algum problema acaba acusando depois", disse Muricy.
A preocupação de Muricy Ramalho tem como base aquele que foi o seu principal mentor, o ex-técnico Telê Santana.
Um dos treinadores mais vitoriosos do futebol nacional, tendo dirigido a seleção brasileira nas Copas do Mundo de 1982 (na Espanha) e 1986 (no México), Telê marcou época no São Paulo, no início dos anos 90. Os principais títulos de Telê Santana no Morumbi foram o bicampeonato da Copa Libertadores da América e do Mundial Interclubes (1992 e 1993).
Anos mais tarde, em 1996, Telê sofreu uma isquemia cerebral, que o fez abandonar o futebol. Depois desse problema, o lendário técnico sofreu com uma série de outras doenças, que agravaram o seu estado de saúde, levando-o a morte em 2006.
"Quando acontece algo assim, como foi o caso do Ricardo, todos nós ficamos preocupados. Eu trabalhei com um dos melhores e vi o Telê ficar doente (Muricy era seu auxiliar no Tricolor Paulista). Ele ficou doente por isso. No futebol a exigência é muito grande no nível em que a gente trabalha, que é praticamente 24 horas. Você não tem descanso e isso é preocupante. As pessoas que trabalham com o futebol precisam estar bem, com os seus exames em dia", comentou.
Por conta disso, o comandante santista procura dar uma atenção especial a sua saúde. Muricy Ramalho contou que tem passado por avaliações clínicas periodicamente, procurando sempre ter um controle adequado do seu estado de saúde.
"Sei que o estresse é muito grande e a gente tem que se cuidar mesmo. Você precisa sempre estar com os exames em dia. Fiz uma avaliação geral há uma semana e faço exames duas vezes por semana", destacou.
Ao final, indagado sobre se acredita que Ricardo Gomes pode voltar a dirigir um time de futebol um dia, caso seja liberado pelos médicos, Muricy avaliou que a decisão não será simples.
"Estamos mais alegres com as notícias que estão vindo, que são muito boas. Ele está se recuperando legal e é o momento de deixá-lo um pouco em paz. Ele deve se recuperar, mas se ele vai voltar ao futebol, é algo que o Ricardo precisa ver com a sua família. Eles precisam se reunir e ver o que vai ser daqui para frente. Não é fácil. Ele teve dois avisos (uma leve isquemia ano passado e outro nesse ano)", encerrou.
Fonte: ESPN.com.br
