Segundo boletim médico divulgado na manhã desta terça-feira, o estado de saúde do técnico Ricardo Gomes vem evoluindo bem, mas ainda é considerado grave. Após angiotomografia cerebral (que permite uma visualização tridimensional sem intervenção no paciente) realizada nesta manhã, a junta de médicos do Hospital Pasteur, na Zona Norte da cidade, afastou qualquer possibilidade de má formação e principalmente de um aneurisma (comum de acontecer em pós-operatórios de AVC).
"A evolução do Ricardo tem sido satisfatória e não existe nenhum sinal de complicação. Um exame descartou a possibilidade de aneurisma, que seria grave de tratar nesse momento, e ele vai vencendo mais uma etapa difícil. Cada dia é uma vitória e os indícios são muito positivos", disse Ricardo Periard, diretor do hospital.
Sobre as possíveis sequelas, o neurocirurgião que operou Ricardo Gomes, José Antônio Guasti, afirmou que continua sendo muito cedo para saber, e reiterou que não há nenhuma previsão sobre a volta do treinador aos campos.
"Não existe prazo. Essas 72 horas são matemáticas, mas pode durar um pouco mais ou um pouco menos. Vamos avaliando aos poucos para saber quando tirar a medicação (sedação). Nesse momento descartamos a possibilidade de uma nova cirurgia, mas ainda é muito cedo para dizer se ele vai voltar a trabalhar. A nossa preocupação é com a vida do Ricardo", afirmou o médico.
Ricardo Gomes está passando por avaliações constantes, e um novo boletim deve ser divulgado no final da tarde desta terça-feira.
Veja a íntegra do boletim:
Durante a coletiva de imprensa, realizada hoje (30), às 10h, o diretor geral do Hospital Pasteur, Ricardo Periard, o médico clínico Fabio Miranda e o neurocirurgião José Antônio Guasti, informaram que o paciente Ricardo Gomes foi submetido a uma angiotomografia computadoriza, um exame que mapeia os vasos sanguíneos cerebral, onde o resultado evidenciou a ausência de um aneurisma cerebral.
“Esse resultado é bastante satisfatório. Isso sinaliza que possivelmente não haverá necessidade de uma nova intervenção cirúrgica no momento”, esclareceu o dr. José Guasti.
Já em relação à retirada da sedação, o dr. Fabio Miranda informou que “não existe um prazo definido. Esse tempo de 72 horas para a retirada da sedação não é uma questão matemática. Na realidade essas primeiras horas são críticas para avaliar e definir as condutas terapêuticas, que serão adotas diariamente”.
Apesar de permanecer grave, o paciente está com todas as suas funções orgânicas dentro da normalidade. Ele encontra-se estável, porém sedado, respirando sob auxílio de aparelhos.
“Todo o trabalho das equipes do Hospital Pasteur está voltado para a manutenção da vida do paciente. O fato dele estar estável significa uma vitória a cada dia”, enfatizou dr. Ricardo Periard.
Fonte: UOL