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Ex-médico do Fluminense diz que Engenhão não estava preparado
Segunda-feira, 29/08/2011 - 22:46
Michel Simoni, ex-médico do Fluminense, afirmou que a ambulância do Engenhão não teria capacidade para atender um paciente com o quadro de Ricardo Gomes: um AVE (Acidente vascular Encefálico) hemorrágico. O médico deu entrevista nesta segunda-feira à Rádio Manchete. O diretor do Centro Médico do Engenhão, Alex Bousquet, negou a informação, mas admitiu falhas no socorro dentro de campo.
"No final do ano passado, formamos uma comissão nacional de médicos do futebol que pudesse fazer uma suporte para as necessidades da segurança do atendimento médico no hospital para jogadores, árbitros e torcedores. Durante muito tempo não houve uma preocupação de como vamos dar suporte aos milhares de presentes no estádio e os que estão trabalhando no campo. Já foi conversado sobre a cobertura aos árbitros e à comissão técnica. Essa assunto tem que ser motivo de preocupação da CBF e das pessoas que estão envolvidas nesse processo".
Segundo o médico, o tempo de chegado ao Hospital Pasteur foi até considerado rápido, mas poderia ter sido mais ágil se o atendimento ao técnico Ricardo Gomes tivesse sido feito na ambulância:
"A gente parte do pressuposto de que a ambulância tenha equipamente de suporte básico completo. O que me chamou a atenção foi a demora da ambulância e a necessidade de os médicos levarem ele ao centro médico para fazer esse suporte. Teoricamente o atendimento deveria ter sido feito dentro da ambulância. Na entrevista do Dr. Clóvis (médico do Vasco) ficou muito claro que essa ambulância não tinha capacidade. Isso é muito importante porque se ganha tempo", e continuou:
"As coisas até foram rápidas, o Hospital Pasteur é preparado e equipado para o atendimento. O tempo foi até bastante ágil. A transição dentro do estádio que foi lenta", afirmou Simoni.
Já o diretor do Centro Médico do Engenhão, Alex Bousquet, negou que o estádio e as ambulâncias não tivessem capacidade para atender Gomes, mas confessou que o socorro no campo foi confuso e dividiu a culpa com a Saver, responsável pela ambulância. O diretor, no entanto, culpado os "ânimos exaltados" por problemas nas arquibancadas. Segundo ele, um confronto entre torcedores e a polícia teria feito muitos feridos e atrapalhado o atendimento.
O ex-médico do Fluminense, Michel Simoni, disse ainda que é preciso haver uma mudança de mentalidade em relação ao conceito de segurança dos profissionais do futebol:
"Esses conceitos de segurança tem que ser revistos. As pessoas dentro do futebol têm que e entender que a saúde é importante. Em prol da paixão pelo futebol as pessoas não querem gastar com a saúde, até porque gastam com o objetivo de não usar. É preciso olhar com mais carinho. Os acidentes se repetem e continuamos com um despreparo na parte do atendimento grave. Está na hora das pessoas olharem a saúde do atleta de uma forma diferente", finalizou o médico.
Fonte: UOL
"No final do ano passado, formamos uma comissão nacional de médicos do futebol que pudesse fazer uma suporte para as necessidades da segurança do atendimento médico no hospital para jogadores, árbitros e torcedores. Durante muito tempo não houve uma preocupação de como vamos dar suporte aos milhares de presentes no estádio e os que estão trabalhando no campo. Já foi conversado sobre a cobertura aos árbitros e à comissão técnica. Essa assunto tem que ser motivo de preocupação da CBF e das pessoas que estão envolvidas nesse processo".
Segundo o médico, o tempo de chegado ao Hospital Pasteur foi até considerado rápido, mas poderia ter sido mais ágil se o atendimento ao técnico Ricardo Gomes tivesse sido feito na ambulância:
"A gente parte do pressuposto de que a ambulância tenha equipamente de suporte básico completo. O que me chamou a atenção foi a demora da ambulância e a necessidade de os médicos levarem ele ao centro médico para fazer esse suporte. Teoricamente o atendimento deveria ter sido feito dentro da ambulância. Na entrevista do Dr. Clóvis (médico do Vasco) ficou muito claro que essa ambulância não tinha capacidade. Isso é muito importante porque se ganha tempo", e continuou:
"As coisas até foram rápidas, o Hospital Pasteur é preparado e equipado para o atendimento. O tempo foi até bastante ágil. A transição dentro do estádio que foi lenta", afirmou Simoni.
Já o diretor do Centro Médico do Engenhão, Alex Bousquet, negou que o estádio e as ambulâncias não tivessem capacidade para atender Gomes, mas confessou que o socorro no campo foi confuso e dividiu a culpa com a Saver, responsável pela ambulância. O diretor, no entanto, culpado os "ânimos exaltados" por problemas nas arquibancadas. Segundo ele, um confronto entre torcedores e a polícia teria feito muitos feridos e atrapalhado o atendimento.
O ex-médico do Fluminense, Michel Simoni, disse ainda que é preciso haver uma mudança de mentalidade em relação ao conceito de segurança dos profissionais do futebol:
"Esses conceitos de segurança tem que ser revistos. As pessoas dentro do futebol têm que e entender que a saúde é importante. Em prol da paixão pelo futebol as pessoas não querem gastar com a saúde, até porque gastam com o objetivo de não usar. É preciso olhar com mais carinho. Os acidentes se repetem e continuamos com um despreparo na parte do atendimento grave. Está na hora das pessoas olharem a saúde do atleta de uma forma diferente", finalizou o médico.
Fonte: UOL
