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Apenas Jumar tem contrato semelhante ao de Anderson Martins, diz Caetano


Domingo, 28/08/2011 - 14:23

Em entrevista à Rádio Globo, o diretor-executivo de futebol do Vasco, Rodrigo Caetano, dz que só Jumar tem contrato semelhante ao de Anderson Martins.

"O prejuízo técnico, sem sombra de dúvidas, é imenso, porque a forma como foram conduzidas essas negociações é que desgostaram o Vasco. Nós sabíamos, quando nos foi trazido o Anderson, que viria por empréstimo. Ele foi um jogador adquirido junto ao Vitória pela Traffic / Desportivo Brasil, e que tinha cláusula de saída, é óbvio que por um valor considerável, para um jogador que chegou aqui sob desconfiança, porque tinha tido uma campanha pífia no Vitória, com um descenso, mas que oito meses após se transformou numa afirmação ao lado do Dedé na nossa zaga. Um profissional, na acepção da palavra, como o nosso presidente expressou, dentro e fora de campo. É uma lacuna difícil de ser preenchida. Nós esperamos que dentro do próprio grupo tenhamos essas soluções. Caso isso não ocorra, nós temos 90 dias pela frente para avaliarmos bem a nossa necessidade e buscarmos, quem sabe, essa peça de reposição. Eu espero que esteja dentro do nosso grupo. Agora, a surpresa do torcedor é a mesma nossa, porque fizemos um esforço imenso para mantermos a nossa equipe campeã da Copa do Brasil. Muitos foram os contatos e a procura pelos nossos atletas. Mas eu creio que nós conseguimos manter quase que a totalidade, quando, em vias de fechar a janela, veio essa proposta oficial, proposta essa, vale ressaltar, aceita pelo atleta. Quando é aceita pelo atleta, pelos números envolvidos, o Vasco não teve muito o que fazer, por mais que tenhamos ainda tentato reverter essa situação. Eu tenho certeza que, num futuro breve, esse tipo de situação não deve se repetir, pelo fato de que o Vasco recuperou a sua marca. Hoje, o que se vê são clubes do exterior buscando pelo menos as informações e procurando negociações com os jogadores do Vasco. Num passado muito recente, tínhamos a dificuldade de trazer jogadores de boa qualidade, e agora a inversão desses fatores, ou seja, nós temos que nos esforçar para manter os jogadores que estão no Vasco, como, por exemplo, o caso do Dedé, que estamos em vias de sacramentar mais uma aquisição de parte dos direitos dele, garantindo ao clube a certeza da permanência do Dedé por pelo menos até a Libertadores do ano que vem."

"Eu não quero ficar denominando isso, mas, sem sombra de dúvidas que não foi a forma ideal, por tratarmos de parceiros do clube. Quando você faz uma negociação, ela certamente tem que ser boa para todos os lados. Nesse momento, por tudo que envolve essa semana, principalmente o final de semana, o clássico, você em certos momentos tirar o foco do jogo, em detrimento desse grande jogo que temos hoje, por causa dessa negociação, realmente a gente só espera que tenhamos a competência suficiente, todos nós, a comissão técnica, para que os nossos atletas, o grupo todo não sinta isso e possa realizar um grande jogo, transformando esse episódio em algo positivo. Mas a gente lamenta. Feito isso, não tem muito o que ficarmos falando. Nós temos é que projetar para a frente. Certamente, no futuro, e hoje a gente já observa isso, mudou essa relação do Vasco. Se no passado nós tínhamos a fragilidade financeira, que em muitos momentos ainda enfrentamos, tínhamos também a fragilidade até da marca, desse longo período sem títulos. Isso nos enfraquecia muito, às vezes, nas negociações. Eu espero que esse ano de 2011, com o título da Copa do Brasil e essa grande campanha no Campeonato Brasileiro - espero também que venhamos a ter também uma grande campanha Sul-Americana -, possa nos dar condições de, nas futuras negociações, o Vasco sempre estar numa situação melhor do que se encontrou nessa do Anderson Martins."

"Vamos esclarecer algumas coisas. Primeiro, com o Desportivo Brasil, nós temos ainda o Jumar nesses moldes, e apenas isso. Todos os demais que o Vasco busca, ou ele tem a opção de adquirir, uma opção de compra... Cito o Bernardo, por exemplo. Nós temos o empréstimo até o final do ano e uma opção de compra junto ao Cruzeiro. O que se discute é se essas opções são factíveis ou não. Mas pelo menos o Vasco tem um valor definido. Esse tipo de situação do Anderson, onde nós só tínhamos, como se chama, no mercado, a taxa de vitrine, nesse modelo só tínhamos o Anderson e temos o Jumar. São situações, condições totalmente inusitadas, mas que existem e são praticadas no mercado. Hoje, no Vasco, são somente esses casos. Eu espero que a tendência, com o passar dos anos e principalmente com esse resgate novamente do clube, tenho certeza que as condições de negociação vão melhorar cada vez mais para o clube."

Fonte: NETVASCO (transcrição)