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Ironizado em hit palmeirense, Jumar justifica 'medo' e cala o Pacaembu
Quinta-feira, 25/08/2011 - 22:33
"Eu tenho medo do Jumaaaaar. Quando ele pega na bola...". O trecho da música, criada por um palmeirense e hit da internet em 2009, ironicamente explica muito do que ocorreu na noite desta quinta-feira, no Pacaembu, com a eliminação do Palmeiras frente ao Vasco na Copa Sul-Americana. Se tinha tudo para ser uma grande virada alviverde, a partida terminou como balde de água fria justamente por conta de um inacreditável gol do volante.
Aos 12min do segundo tempo, quando o Palmeiras vencia por 2 a 0 e já sonhava com o terceiro, Jumar dominou bola morta na intermediária ofensiva do Vasco. A torcida palmeirense não ficou com medo quando ele pegou na bola, mas o camisa 18 acertou um chute cheio de curva e veneno no ângulo esquerdo de Marcos, que sequer mexeu de tão incrédulo. A bola, que morreu no fundo da rede, matou qualquer esperança do time alviverde. "Foi um golaço", definiu Valdivia após o apito final.
Jumar, que tantas vaias recebeu dos palmeirenses, desta vez provocou silêncio com seu golaço. Aos 32min do segundo tempo, foi substituído por Fellipe Bastos e os quase 10 mil pagantes do Pacaembu sequer esboçaram alguma reação: nada de vaias, aplausos ou xingamentos. Curiosamente, foi justamente contra o Palmeiras, quando ainda defendia o Paraná Clube, que o volante marcou outro gol marcante em sua carreira discreta. Foi de bicicleta, pelo Brasileiro 2007, no Palestra Itália.
Se não perseguiu Jumar, a torcida palmeirense guardou algumas manifestações de raiva contra Diego Souza, com quem sempre teve uma relação de amor e ódio. Eleito o melhor do Brasileiro de 2009, virou símbolo de uma crise que também consumiu Muricy Ramalho, Vagner Love e Cleiton Xavier pelo título nacional que virou água há dois anos.
Diego, perseguido pelos palmeirenses, teve ótima atuação e colaborou na queda de seu ex-clube pela Copa Sul-Americana. A cada toque na bola, era xingado sobretudo pela já famosa Turma do Amendoim, que compôs o setor das numeradas, mas sequer fez qualquer gesto de repudio ou de agradecimento. Discreta foi a recepção também para Márcio Careca, outro ex-Palmeiras e que jogou com a camisa vascaína.
Já no fim da partida, Marcos Assunção marcou de falta em linda finalização, mas o 3 a 1 não foi suficiente para manter o Palmeiras na Copa Sul-Americana. Assim como havia sido na Copa do Brasil, contra o Coritiba, o time deixou o Pacaembu com vitória, mas eliminado e aplaudido pelo empenho. Não seria o chute de Assunção, porém, o mais marcante da noite. Foi Jumar, com um petardo de quase 30 metros, quem decretou a classificação vascaína. Noite irônica para quem tinha medo quando ele pegava na bola...
Fonte: Terra