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Rendimento das categorias de base estaria gerando instatisfação interna


Quarta-feira, 24/08/2011 - 11:48

Apesar da euforia de alguns vascaínos pela presença do meia Allan no grupo campeão mundial no último fim de semana, o fato de ter um jogador formado em São Januário vestindo a camisa da seleção brasileira sub-20 está bem longe de ser sinônimo de sucesso no trabalho feito atualmente nas categorias de base do Vasco.

Sem revelar um grande craque há alguns anos e com problemas políticos internos que desagradam a muitos dentro do clube, o processo, que já revelou nomes como Romário, Geovani e Edmundo, vive um mau momento e, ainda que negado pela atual diretoria, é um dos principais pontos de discórdia da gestão do presidente Roberto Dinamite.

Com uma insatisfação que beira o insustentável, não é novidade que o mandatário cruzmaltino se desentenda com alguns de seus pares políticos que não concordam com os métodos de trabalho utilizados nas categorias de base do clube. Inconformados, muitos inclusive pedem uma reformulação total no processo, comandado atualmente por pessoas da confiança de Dinamite, como alguns ex-companheiros do presidente na época de jogador.

Além da insatisfação interna, um exemplo claro do mau momento é a falta de jogadores revelados na base no time profissional que faz boa campanha no Campeonato Brasileiro. Com exceção de Rômulo, que chegou ao clube já aos 19 anos, e Felipe, oriundo de uma safra bem mais antiga, nenhum jogador revelado em São Januário é utilizado constantemente pelo técnico Ricardo Gomes.

Jogadores mais jovens a serem aproveitados no time, o meia Bernardo e o zagueiro Victor Ramos representam bem a atual política de formação de elenco do cruzmaltino. Com uma safra bem aquém das tradições vascaínas, a diretoria opta por novos valores revelados em outros clubes. Com isso, nomes como Marlone e Guilherme Costa, apontados como possíveis revelações da base, acabam preteridos e expõem ainda mais o problema do clube.

CT da base pronto em 2012

Um dos principais argumentos utilizados na hora de justificar a carência de craques revelados em São Januário, a falta de um Centro de Treinamento não deve ser problema para o próximo ano. Após anunciar a cessão de um terreno em Maricá, região metropolitana do Rio, a diretoria espera que até o final de 2012 as categorias de base tenham o seu próprio espaço para treinar e encerrem o período de "recessão" no surgimento de craques vascaínos. Atualmente, os jovens valores cruzmaltinos treinam em campos alugados no município de Itaguaí, a cerca de 75 quilômetros do centro da cidade.

Fonte: UOL