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Vasco celebra seus 113 anos competindo em vários esportes
Domingo, 21/08/2011 - 08:37
Neste domingo, o Vasco celebra seus 113 anos, participando de vários eventos esportivos. Na Lagoa, às 9h, vai disputar a quarta regata do Campeonato Estadual de Remo, modalidade para a qual foi fundado na tarde de 21 de agosto de 1898, um domingo, graças à iniciativa de apaixonados pelo esporte das regatas. Também neste domingo, às 10h, seu time feminino de futebol americano vai decidir o Carioca Bowl, o campeonato estadual, com a equipe do Botafogo, na Praia de Copacabana, em frente ao Copacabana Pallace. Mais tarde, às 18h, pelo Campeonato Brasileiro de futebol, o elenco vascaíno, atual campeão da Copa do Brasil, vai fazer o clássico carioca na rodada, contra o Fluminense, no Engenhão.
O Club de Regatas Vasco da Gama surgiu no fim do século 19 num Rio de Janeiro que era a capital federal, vivia o Pós-Abolição da Escravatura e começava a se interessar pela prática de esportes, em especial o remo, que era a modalidade mais popular do Rio e do país à época. Depois de já ter vários títulos nesse esporte, começou no futebol em 1915, na Terceira Divisão carioca, graças à fusão com o Lusitânia, um time de futebol ligado à colônia portuguesa.
Aberto tradicionalmente a portugueses e brasileiros, o Vasco teve um presidente negro, Cândido Araújo, em 1905, e praticava uma política não elitista, ao contrário da maioria dos outros clubes cariocas. Foi assim que ao chegar à Primeira Divisão do Rio, em 1923, contava em seu elenco com atletas negros e pobres, não aceitou nos times de elite Flamengo, Fluminense e Botafogo. O Vasco surpreendeu os rivais e foi campeão carioca daquele ano. O fato foi histórico, porque até então nenhum clube com atletas negros ou oriundos das classes populares havia sido campeão do Rio. Mas a conquista despertou a ira de setores mais conservadores do futebol carioca, que não viam com bons olhos a presença de negros e pobres em campo e acusavam os vascaínos de seresm profissionais quando o futebol da época era teoricamente amador. Ocorreu um racha no futebol carioca, e em 1924, houve duas ligas e dois campeonatos. Para entrar na liga elitizada, o Vasco teria de excluir 12 atletas negros e pobres, com o que o clube não concordou. Foi corajoso, disse não ao racismo dos rivais, preferindo disputar a competição na liga que era menos restritiva. Foi bicampeão em 1924.
Mais tarde, graças a uma campanha popular, reuniu entre seus sócios e torcedores uma quantia que lhe permitiu comprar em São Cristõvão o terreno que antes pertencera à Marquesa de Santos, a favorita do Imperador Pedro I. Naquela área, sem um tostão do governo, mas apenas com os de seus sócios e torcedores, inaugurou em 1927 o estádio hoje conhecido como São Januário, maior do país até os anos 40, quando da inauguração do Pacaembu. Lá, em 1943, Getúlio Vargas assinou a Consolidação das Leis Trabalhistas durante uma de suas várias concentrações cívicas. No mesmo local, Villa Lobos regeu diferentes corais, e durante a Segunda Guerra, ficaram concentradas tropas que seguiram para combates na Europa. Também em campanha popular, o Vasco cedeu dois aviões às forças armadas brasileiras.
Ainda na década de 40, o clube teve seu time mais famoso, o Expresso da Vitória, campeão carioca invicto em 1945, 1947, 1949, além de 1950 (primeiro no Maracanã, mas não invicto) e 1952 (também não invicto).
A maior glória daquela geração seria o Sul-Americano de 1948, no Chile, a primeira conquista do futebol brasileiro fora das fronteiras do país, antes até da seleção.
Atualmente, além deste título, os vascaínos se orgulham da Libertadores de 1998, da Mercosul-2000, dos Brasileiros de 1974, 1989, 1997 e 2000, da recente Copa do Brasil, em junho último, do Rio-São Paulo de 1958, 1966, 1999, de 22 títulos estaduais, além de troféus importantes no remo, basquete, atletismo, natação, futsal e futebol de areia (campeão mundial este ano).
Entre os ídolos históricos do futebol do clube, em várias épocas, estão Roberto Dinamite, seu atual presidente, Edmundo, Romário, Ademir Menezes, Barbosa, Danilo Alvim, Maneca, Carlos Germano, Mauro Galvão, Juninho Pernambucano, Felipe, Bellini, Vavá, Orlando Peçanha, Fausto e Russinho, entre outros.
Fonte: O Globo online
O Club de Regatas Vasco da Gama surgiu no fim do século 19 num Rio de Janeiro que era a capital federal, vivia o Pós-Abolição da Escravatura e começava a se interessar pela prática de esportes, em especial o remo, que era a modalidade mais popular do Rio e do país à época. Depois de já ter vários títulos nesse esporte, começou no futebol em 1915, na Terceira Divisão carioca, graças à fusão com o Lusitânia, um time de futebol ligado à colônia portuguesa.
Aberto tradicionalmente a portugueses e brasileiros, o Vasco teve um presidente negro, Cândido Araújo, em 1905, e praticava uma política não elitista, ao contrário da maioria dos outros clubes cariocas. Foi assim que ao chegar à Primeira Divisão do Rio, em 1923, contava em seu elenco com atletas negros e pobres, não aceitou nos times de elite Flamengo, Fluminense e Botafogo. O Vasco surpreendeu os rivais e foi campeão carioca daquele ano. O fato foi histórico, porque até então nenhum clube com atletas negros ou oriundos das classes populares havia sido campeão do Rio. Mas a conquista despertou a ira de setores mais conservadores do futebol carioca, que não viam com bons olhos a presença de negros e pobres em campo e acusavam os vascaínos de seresm profissionais quando o futebol da época era teoricamente amador. Ocorreu um racha no futebol carioca, e em 1924, houve duas ligas e dois campeonatos. Para entrar na liga elitizada, o Vasco teria de excluir 12 atletas negros e pobres, com o que o clube não concordou. Foi corajoso, disse não ao racismo dos rivais, preferindo disputar a competição na liga que era menos restritiva. Foi bicampeão em 1924.
Mais tarde, graças a uma campanha popular, reuniu entre seus sócios e torcedores uma quantia que lhe permitiu comprar em São Cristõvão o terreno que antes pertencera à Marquesa de Santos, a favorita do Imperador Pedro I. Naquela área, sem um tostão do governo, mas apenas com os de seus sócios e torcedores, inaugurou em 1927 o estádio hoje conhecido como São Januário, maior do país até os anos 40, quando da inauguração do Pacaembu. Lá, em 1943, Getúlio Vargas assinou a Consolidação das Leis Trabalhistas durante uma de suas várias concentrações cívicas. No mesmo local, Villa Lobos regeu diferentes corais, e durante a Segunda Guerra, ficaram concentradas tropas que seguiram para combates na Europa. Também em campanha popular, o Vasco cedeu dois aviões às forças armadas brasileiras.
Ainda na década de 40, o clube teve seu time mais famoso, o Expresso da Vitória, campeão carioca invicto em 1945, 1947, 1949, além de 1950 (primeiro no Maracanã, mas não invicto) e 1952 (também não invicto).
A maior glória daquela geração seria o Sul-Americano de 1948, no Chile, a primeira conquista do futebol brasileiro fora das fronteiras do país, antes até da seleção.
Atualmente, além deste título, os vascaínos se orgulham da Libertadores de 1998, da Mercosul-2000, dos Brasileiros de 1974, 1989, 1997 e 2000, da recente Copa do Brasil, em junho último, do Rio-São Paulo de 1958, 1966, 1999, de 22 títulos estaduais, além de troféus importantes no remo, basquete, atletismo, natação, futsal e futebol de areia (campeão mundial este ano).
Entre os ídolos históricos do futebol do clube, em várias épocas, estão Roberto Dinamite, seu atual presidente, Edmundo, Romário, Ademir Menezes, Barbosa, Danilo Alvim, Maneca, Carlos Germano, Mauro Galvão, Juninho Pernambucano, Felipe, Bellini, Vavá, Orlando Peçanha, Fausto e Russinho, entre outros.
Fonte: O Globo online
