A derrota foi péssima para o Avaí, que segue firme na zona de rebaixamento. A todo instante a torcida dos donos da casa pedia a saída do técnico Alexandre Gallo, que está em situação delicadíssima. Foi a terceira derrota consecutiva do clube de Florianópolis.
O Vasco, que chegou a 33 pontos, volta a entrar em campo no próximo domingo no clássico contra o Fluminense, às 18h (de Brasília), no Engenhão. Já o Avaí, que permanece com 13 pontos, enfrenta o Coritiba, novamente na Ressacada, às 16h (de Brasília), também no domingo.
Os dois times entraram modificados. O Vasco contava com os retornos de Dedé e Diego Souza, além do retorno de Alecsandro. Já o Avaí veio bem ofensivo com a entrada de Dinélson e apenas com Bruno como homem de marcação no meio-campo. E no início o equilíbrio foi a palavra que marcou o confronto. A jogada preferida de ambas as equipes eram as escapadas pela direita.
Conhecedor da ofensividade do lateral-esquerdo Julinho, ex-jogador do clube, o técnico Alexandre Gallo forçava as jogadas pelo setor com dois objetivos: impedir o avanço do vascaíno o deixando encurralado e tentar surpreender a defesa. Consequentemente, Fagner era quem mais avançava tentando construi jogadas com o auxílio de Eder Luis, que estava jogando atrás do meio-campo deixando Alecsandro e Diego Souza como uma verdadeira dupla de ataque.
As intenções eram boas, mas não davam resultado. O Avaí esbarrava na falta de qualidade e na pressão da torcida, que está ávida por bons resultados para que o clube deixe a zona de rebaixamento. Já o Vasco passou a afunilar as jogadas pelo meio. Alecsandro até que se esforçava, mas não conseguia dar continuidade e acabava parando na marcação. Os lances de perigo foram isolados. Uma bobeada da zaga vascaína com Fernando Prass fez com que a bola sobrasse limpa para Cleverson. Mas Dedé se recuperou e salvou. Jumar também quase surpreendeu em chute de longe.
O primeiro tempo caminhava a passos largos para um 0 a 0. Mas foi só o Vasco se arrumar e passar a voltar a jogar pelas pontas que acabou abrindo o placar. Após belíssimo passe de Fagner, Diego Souza novamente deixou sua marca na Ressacada. Assim como na semifinal, o camisa 10 deu apenas um toque sutil para marcar. O Vasco ainda teve chance de ampliar erm contra-ataque, mas Romulo mostrou porque não é atacante ao chutar para fora uma bola na cara do gol.
O Avaí voltou com duas modificações tentando mudar o panorama da partida. No entanto, todas as vezes que partiu para o ataque foi na base do desespero. Pressionado pela torcida e pela situação na tabela, o time catarinense não conseguia colocar a bola no chão e desenhar as jogadas com calma. Eles até conseguiram levar algum perigo, mas sempre na base do bate e rebate.
Enquanto isso, o Vasco fazia justamente o contrário. Com padrão tático estabelecido e bem treinado por Ricardo Gomes, o time mostrava de sobra a calma que faltava ao Avaí. Na defesa, Dedé e Anderson Martins ganhavam praticamente tudo. No meio, Juninho Pernambucano ditava o ritmo com passes e lançamentos. Na frente, Alecsandro e Eder Luis se esforçavam e, mesmo sem fazer boa partida, tentavam ajudar.
Foi essa calma que ajudou o Vasco a chegar ao seu segundo gol. Em cobrança de escanteio, a defesa do Avaí vacila e a bola sobra limpa para Dedé marcar. Foi seu sétimo gol na temporada, confirmando o grande momento que ele vem vivendo, podendo, inclusive, voltar a ser convocado para a Seleção Brasileira nesta quinta-feira.
Após o gol, o desespero do Avaí aumentou e o Vasco passou a administrar o resultado. Ricardo Gomes lançou Fellipe Bastos no lugar de Juninho Pernambucano para evitar um desgaste maior. Eder Luis também deixou o campo para a entrada de Leandro. Kim também fez sua estreia no lugar de Diego Souza. Os três entraram com disposição, mas o placar já estava sacramentado.
AVAÍ 0 X 2 VASCO
Local: Estádio da Ressacada, em Florianópolis (SC)
Árbitro: Cléber Welington Abade (SP)
Cartões amarelos: Bruno e Robinho (AVA); Eder Luis e Alecsandro (VAS)
Cartão vermelho: Robinho - 29'/2ºT (AVA)
GOLS: Diego Souza, 26'/1ºT (0-1); Dedé, 21'/2ºT (0-2)
AVAÍ: Felipe, Gustavo Bastos, Bruno e Dirceu; Daniel (Arlan, 21'/2ºT), Pedro Ken, Cleverson, Caíque (Robinho, intervalo), Dinélson (Willian, intervalo) e Pará; Rafael Coelho. Técnico: Alexandre Gallo.
VASCO: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Anderson Martins e Julinho; Rômulo, Jumar, Juninho (Fellipe Bastos, 32'/2ºT) e Diego Souza (Kim, 41'/2ºT); Eder Luis (Leandro, 32'/2ºT) e Alecsandro - Técnico: Ricardo Gomes.
Col. | Jogador | Média | Col. no ano | Média no ano |
1º | Dedé | 9.2539 | 1º | 7.6881 |
2º | Anderson Martins | 8.7912 | 2º | 7.3573 |
3º | Fernando Prass | 8.2990 | 3º | 7.1931 |
4º | Diego Souza | 8.1826 | 6º | 6.4643 |
5º | Fagner | 8.1247 | 10º | 6.2798 |
6º | Juninho | 7.9053 | * | 7.5889 |
7º | Romulo | 7.7695 | 13º | 6.2048 |
8º | Jumar | 7.1793 | 9º | 6.3575 |
9º | Julinho | 6.9421 | * | 6.4140 |
10º | Leandro | 6.2712 | 18º | 5.5379 |
11º | Eder Luis | 6.2105 | 7º | 6.4463 |
12º | Fellipe Bastos | 5.9855 | 8º | 6.3864 |
13º | Alecsandro | 5.6720 | 16º | 5.9299 |
14º | Kim | 5.4488 | * | 5.4488 |