Mesmo priorizando a Libertadores, Dinamite valoriza regionais
O Vasco teve ontem a eleição das chapas que indicarão conselheiros (120 da chapa vencedora e 30 da chapa segunda colocada) que se juntarão a 150 conselheiros natos para que estes 300 elejam o novo presidente do Vasco. Com a desistência de Pedro Valente, principal adversário, a vitória de Dinamite nessa primeira foi um massacre: Roberto Dinamite – 2.390 votos, Leonardo Gonçalves - 247 votos, Jayme Lisboa Alves - 61 votos, Brancos e nulos – 18, num total de 2.716 votos.
Passada a euforia pela vitória, Dinamite volta as atenções para os campeonatos que o Vasco tem a disputar esse ano e principalmente no ano que vem. Campeão da Copa do Brasil, o Gigante da Colina disputará a Libertadores da América.
Em entrevista ao repórter André Gonçalves, da Super Rádio Brasil, Roberto Dinamite, atual presidente do Vasco e virtualmente reeleito, opinou sobre o Vasco priorizar a disputa da Libertadores, deixando campeonatos como o Carioca de lado:
- Na minha visão, e quero deixar claro que estamos iniciando esse processo, o que eu posso dizer é o seguinte: Hoje, as equipes brasileiras tomaram consciência do que é uma Libertadores, da importância que tem a Libertadores. Não só o caso do Vasco, mas outras equipes já chegaram, já participaram, conquistaram títulos, chegara à final. Nós sabemos e temos consciência daquilo que representa uma Libertadores para esses outros clubes. Mas nós também não podemos deixar de lado o campeonato regional, porque aí você vai cair no que está acontecendo hoje, de equipes argentinas, que há muito tempo atrás, nos anos oitenta, noventa, se focavam muito nisso e se esqueceram do resto. Eu acho que tem que ter um equilíbrio em relação a isso. Eu acho que hoje os clubes brasileiros, no geral estão, sim, voltados para essa coisa de Libertadores, pela importância que tem a Libertadores. Acho que é viável, é possível, sim, você ter um programa com relação ao campeonato regional é à Libertadores. Você disputando uma Libertadores e entrando num momento não digo só decisivo, mas um momento em que você tem chances, tem possibilidades, é claro que você vai estar focado muito mais para isso. Mão deixando de mão o campeonato regional, mas você vai estar focando para que você possa atingir o objetivo, que é ganhar a Libertadores. Eu penso dessa forma. A gente tem trabalhado e conversado já com relação a essa situação; Por isso que precisamos ter um plantel não só de onze, mas de vinte ou trinta jogadores, para que possa acontecer essa situação de trocar um jogador por uma contusão ou uma expulsão. É importante você ter uma regularidade. É nesse sentido que nós estamos trabalhando, de ter um plantel à altura para poder jogar o campeonato carioca, sim. A Libertadores é uma meta, ela é importante, ela é hoje a mais importante, dentro daquilo que estamos caminhando e pensando, mas temos que viver e trabalhar isso, administrar da melhor maneira para que a gente tenha dentro do campeonato carioca uma evolução, um rendimento bom, para que quando cheguemos à Libertadores o time possa esta realmente forte e bastante competitivo. Se você, dentro de suas competições em que você venha a estar, Libertadores ou um outro campeonato, no Rio no Brasileiro, ou coisa desse nível aí, sim, você vai estar focando em cima dessas prioridades. Nós temos que trabalhar para ter uma programação no sentido de iniciar a temporada, pensar no campeonato carioca, mas pensar já visando a Libertadores. Não adianta você começar mal, não ir bem, para depois recuperar para pensar em Libertadores. Você tem que fazer um programa para você ir evoluindo dentro da competição. Na Libertadores, você tem que estar num bom nível para buscar o resultado que interessa. O Campeonato Carioca é importante, porque você vai estar jogando principalmente contra os três outros grandes do Rio e tem grandes jogadores que, de repente, estão até no mesmo nível ou até acima das equipes que você vai ter na Libertadores. Eu vejo dessa forma. É claro que a gente fala muito mais de Libertadores, porque ela é diferente sob vários aspectos. Não é só jogar futebol dentro do campo. Você tem que se policiar, tem que administrar. Vai sair para jogar em outros países que focam isso diretamente. Tem que estar muito bem preparado para essa competição. Carioca é importante, mas quando você sai para uma Liberadores, você foca outras coisas, com uma preparação realmente mais forte, especial, porque não é só dentro do campo, mas fora dele, você tem que estar muito bem estruturado para poder participar.
Fonte: Supervasco