Desde que chegou ao Vasco, Dedé já viajou para os quatro cantos do país. Mas quando o assunto é pegar um avião e cruzar o Oceano Atlântico a história é outra. Desde que nasceu, o zagueiro do Vasco saiu do Brasil em apenas uma oportunidade. E foi uma viagem traumática para a Itália, em que foi realizar um período de testes de um mês no Udinese e acabou ficando apenas cinco dias. Mas agora o contexto é outro. Ele voltará ao continente europeu, agora para a Alemanha, mas não com dúvidas. Pelo contrário: em sua cabeça apenas uma certeza: este vai ser um dos melhores momentos de sua vida.
- Não tem nem comparação. Pegar um voo internacional com a Seleção Brasileira é uma emoção muito grande. Aquela outra viagem foi um desastre, mas esta não. Vai ser um momento inesquecível na minha vida - afirmou o zagueiro, que se apresenta ao técnico Mano Menezes no dia 6 de agosto quando irá iniciar a preparação para a disputa do amistoso contra a Alemanha no dia 10.
Apesar de mirar apenas coisas boas, Dedé não se esquece das dificuldades que viveu no curto período na Itália, em 2008. Na ocasião, o zagueiro simplesmente nunca havia nem entrado em um avião. Seduzido por um empresário, o zagueiro arriscou tudo e embarcou sozinho. Ao chegar lá, foi recebido por outro empresário. Mas não conseguiu se adaptar rapidamente. Foram praticamente cinco dias sem dormir até ser dispensado do teste no Udinense.
- Arrisquei minha vida nisso. Fui na expectativa de um mês e logo fui dispensado. Muitos não iriam nem conseguir voltar, mas fui na cara e na coragem. Nunca tinha feito nem um voo nacional. Foi difícil - relembrou Dedé, garantindo que hoje tira de letra todos os voos que realiza com a delegação do Vasco:
- Eu sou tranquilo, tenho medo não. Quem passa mal de medo são uns quatro ou cinco lá que eu não vou falar não. Mas os caras sofrem (risos) - brincou.
Olhando para trás, Dedé acredita que a história poderia ter sido outra caso tivesse tido a oportunidade de ficar o mês inteiro se adaptando. Mas nada que fique martelando em sua cabeça. Até porque as sondagens do futebol europeu continuam acontecendo a todo instante e ele sabe que inevitavelmente um dia irá embarcar já como o jogador consagrado que é. Mas voltou a afirmar que não pensa em deixar o Vasco antes da disputa da Libertadores do ano que vem.
Até lá, ele só pensa em manter o caminho de sucesso que vem trilhando no Gigante da Colina e em consolidar seu espaço com a camisa da Seleção Brasileira.
- Sempre sonhei com esse momento e agora veio. Só depende de mim brilhar pela seleção. Vou poder conviver com ídolos meus, com jogadores experientes e vou procurar aprender muito. Mas sem esquecer de brigar pelo meu espaço. Agora se dá início ao sonho de buscar a Copa do Mundo - finalizou.
Fonte: GloboEsporte.com