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Goleiro que agrediu Elivélton prestou depoimento pela manhã em MG


Quarta-feira, 27/07/2011 - 14:03

Depois de agredir o volante Elivélton, do Vasco, com uma voadora durante partida da Taça BH de Futebol Júnior, o goleiro Gustavo, do Sport, prestou depoimento na manhã desta quarta-feira, em Barão de Cocais, cidade no interior de Minas Gerais localizada a cerca de 90km de Belo Horizonte, onde foi disputada a partida da última segunda-feira. O jogador chegou à delegacia acompanhado do supervisor do clube pernambucano, Carlos José de Araújo, do médico Leocádio Soares e de mais três atletas (Wanderson, Ronaldo e Renê), que foram citados no Boletim de Ocorrência da agressão.

O Sport contratou dois advogados de Barão de Cocais, Silvane Coutinho e John Cunha, para defender o jogador. Gustavo será indiciado por tentativa de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, que estava de costas e não pôde se defender. O código penal prevê pena de 12 a 30 anos de prisão para esse tipo de ocorrência, diminuída de um terço por ser uma tentativa. Pelo menos é o que garante o delegado de Barão de Cocais, Paulo Tavares.

- Ele será indiciado mesmo alegando que não tinha a intenção de provocar nenhuma lesão grave no outro jogador. Gustavo assumiu o risco. Nesse caso, dolo intencional é o mesmo que dolo direto. Mal comparando, é o mesmo que o motorista que dirige embriagado. Não quer o resultado, mas assume o risco - explicou.

O promotor de Justiça do Ministério Publico de Minas Gerais, quando analisar o inquérito inicial, poderá denunciar Gustavo por tentativa de homicídio, acatando assim a decisão do delegado, ou então desqualificar o ocorrido para lesões corporais leves ou graves. Na última terça-feira, Elivélton esteve na delegacia para dar sua versão do caso. Resumidamente, disse que tentava apartar a confusão quando foi atingido por trás sem reconhecer o agressor. Outros jogadores do Vasco também compareceram por livre e espontânea vontade. Já os atletas do Sport também tiveram de depor por também terem sido citados como vítimas no BO feito pela Polícia Militar após a confusão.

- Mas eles pouco têm a dizer. Não lembram como se machucaram. Foi tudo no meio da confusão e eles também não vão registrar queixa contra outros atletas do Vasco - disse Tavares.

Fonte: GloboEsporte.com