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Dedé quer repetir na Seleção o gesto que fazia na infância em V. Redonda


Quarta-feira, 27/07/2011 - 10:48

Na infância passada no bairro de Ilha Parque, em Volta Redonda, o zagueiro do Vasco Dedé parecia prever o futuro. Ainda sem saber que se tornaria jogador de futebol, o menino beijava o escudo da camisa da seleção brasileira, como se defendesse as cores do seu país. Gesto que poderá se tornar real no próximo dia 10 agosto. Convocado pela primeira vez pelo técnico Mano Menezes, ele participará do amistoso contra a Alemanha, em Sttutgart.

- Minha intenção é voar junto com a seleção brasileira e lutar para permanecer nela - disse o zagueiro.

De volta às origens após a convocação, nesta terça Dedé foi reforçar as energias em Volta Redonda com a comida da mãe Maria Helena Silva Vital, de 53 anos, e com o carinho da namorada Patrícia Gonçalves dos Santos, de 20.

- Fiz inhame com costelinha e quiabo. São as duas comidas que ele mais gosta de comer. Meu filho é canceriano, por isso, está sempre ligado à família dele - brincou a mãe Maria Helena.

Da namorada, ele já havia recebido a melhor notícia, que no primeiro momento achou ser brincadeira. Foi Patrícia que contou a Dedé que ele havia sido convocado.

- Eu não imaginava que ele iria ser chamado. Um passo já foi alcançado, mas, agora, ele tem que batalhar muito para defender nossa seleção. Tem muito potencial e cabeça para continuar concentrado no Vasco e no Brasileiro - disse Patrícia.

A cabeça está no Vasco, garante o zagueiro de 23 anos, ciente das propostas internacionais que vão aumentar com a visibilidade da camisa verde-amarela. O pensamento está nas pessoas mais importantes que o ajudaram a realizar o sonho de chegar à seleção brasileira. Além da família, ele cita o volante e amigo Felipe Mello, que lhe deu um par de chuteiras quando Dedé estava no juvenil do Volta Redonda.

- Hoje, eu repito o gesto de Felipe Mello, sempre quando venho a Volta Redonda, procuro os garotos de base do clube e ajudo, principalmente, aqueles cuja a família tem dificuldades financeiras. Compro chuteiras e outros acessórios para praticar o futebol, como fizeram comigo - contou.

O ex-companheiro de zaga Júnior Baiano, com quem jogou em 2008 no Volta Redonda, não foi esquecido nos agradecimentos.

- Foi Júnior Baiano quem me deu dicas importantes como posicionamento, cabeceio. Baiano foi quem me ajudou a chegar ao Vasco. Na época, ele era um cara de 39 anos, ajudando um garoto de 19 - relembrou Dedé, que recebeu telefonema do ex-zagueiro logo após a convocação.

A ida na cidade natal foi rápida e à noite Dedé já estava no Rio. Para voltar a defender o Vasco e confirmar que o sonho não será passageiro.

Fonte: Extra Online