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Para diretor do Sport, processo por tentativa de homicídio é 'distorção'


Terça-feira, 26/07/2011 - 22:30

De acordo com Marcos Amaral, diretor das categorias de base do Sport, o goleiro Gustavo vive momentos de desespero após a agressão ao vascaíno Elivélton, na última segunda-feira, em partida da Taça BH de Juniores. Em entrevista ao Terra, o dirigente relatou que o jogador e ele próprio até cogitaram um pedido de desculpas ao agredido.

"Mantive contato com o atleta e ele chegou a chorar, está desesperado, porque não é fácil. Ele está sendo taxado de violento no mundo todo e é alguém que não tem nenhuma mancha no clube. Pediremos desculpas ao presidente do Vasco, Roberto Dinamite, e o Gustavo queria se dirigir ao hospital para pedir desculpas. O rapaz ficou fora de si quando tomou ciência de tudo", relatou Marcos Amaral.

O diretor confirmou que Gustavo teve o contrato rescindido após o episódio, mas deu mais detalhes a respeito do tratamento psicológico que o clube pernambucano pretende oferecer. "É um equívoco achar que tem de punir e jogar na rua da amargura. O Sport tem uma visão de formador, o rapaz precisa de apoio. Psicólogos me falaram sobre momentos de surto, em que ele se desconecta da realidade do mundo. Após isso tudo ele vai ver o que fará da vida dele".

Até mesmo a hipótese de Gustavo ser reaproveitado pelo Sport foi levada em conta pelo dirigente. "Hoje estou aqui e amanhã posso não estar. Pode ser que ele tenha uma nova chance no Sport em um momento qualquer, mas temos de orientá-lo para não se perder e não perder o caminho de um atleta com futuro. Não estamos acobertando a atitude dele", comentou Marcos.

Segundo o dirigente, o goleiro chegou ao Sport em 2010 a partir do futebol alagoano por indicação de um olheiro ligado ao clube pernambucano e tem 18 anos completados em março. Marcos só não concorda com a possibilidade de Gustavo ser processado por tentativa de homicídio. "A cena é forte, mas daí dizer isso é uma distorção".

Fonte: Marca