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Caetano comenta 1º Encontro dos Profissionais do Futebol


Quarta-feira, 20/07/2011 - 16:34

Os dirigentes de futebol pretendem criar uma associação de classe, sem a intenção de ser um sindicato, como já existe dos jogadores e treinadores. Durante toda esta quarta-feira, cerca de 40 dirigentes discutiram no 1º Encontro dos Profissionais do Futebol, num hotel na Zona Oeste da cidade, a melhor forma de criarem essa nova classe, com a definição de atribuições, funções específicas e até mesmo um estatuto para os gestores de futebol.

"A inteção é montar um cronograma de encontros como esse. Queremos nessa e nas próximas reuniões definir um manual das funções do gestor de futebol. Hoje os clubes reconhecem a importância dessa função. Queremos normatizar a classe", disse Rodrigo Caetano, diretor de futebol do Vasco, que teve a iniciativa do encontro junto a outros profissionais da área.

Até mesmo a nomenclatura dessa função está para ser definida por esses profissionais. A princípio, "diretor executivo" deve ser escolhido como o ideal para representar os gestores de futebol. Para Paulo Angioni, um dos mais antigos na área, "havia uma necessidade de organização de conceitos" para os profissionais capacitados. "Quando se faz um encontro desses até aumenta a responsabilidade dos dirigentes no futuro, nós profissionais temos essa consciência. Até porque esbarra na cultura dos clubes. Eu tenho uma função no Bahia parecida com a do Rodrigo (Caetano) no Vasco, do (Felipe) Ximenes no Coritiba, mas nem todo mundo é gestor e nem todo mundo têm as mesmas atribuições. Temos que unificar esse conceito", afirma Angioni.

Desafio da futura associaão é capacitar novos profissionais

Para os participantes do encontro, a reunião também serve para se começar a discutir uma forma de capacitação desses profissionais, pois no campo acadêmico ainda são poucas as universidades que têm cursos de gestão esportiva ou outras disciplinas específicas no futebol. O ex-goleiro Kleber Guerra, hoje com 41 anos, parou de jogar aos 37 no Coritiba, iniciou a faculdade de Direito, mas conseguiu fazer um curso de um ano de "Gestão e Negócio no Esporte" em uma instituição paulista.

"Com a formação de uma nova classe podemos discutir como capacitar esses profissionais. Temos novos gestores, mas talvez falte a informação. Os clubes já indentificam essa necessidade, de ter um executivo no futebol, mas será que estão todos capacitados? Isso que precisamos cuidar também", disse Rodrigo Caetano, que fez MBA em Gestão Empresarial na FGV, uma das maiores instituições de ensino do País.

Fonte: O Dia online