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Alecsandro fala da convivência com Dinamite e duelo com Richarlyson
Terça-feira, 19/07/2011 - 15:07
Em entrevista à Super Rádio Brasil, Alecsandro fala sobre seu posto de artilheiro, sobre estar ao lado de Roberto Dinamite e como é jogar contra o irmão Richarlyson.
Esse ano eu comecei em desvantagem né, eu não joguei, não comecei jogando o Campeonato Gaúcho, joguei só duas partidas do campeonato carioca, se vc for ver os artilheiros ai do Brasil, jogadores que tem mais gols ai no Brasil, são jogadores que fizeram 15 gols, 12, 13, 17 gols em campeonatos estaduais, campeonato igual a esse eu não disputei. Penso que comecei em desvantagem esse ano, mas como acabei sendo artilheiro da Copa do Brasil e venho fazendo meus gols ai, acabei abrindo a porteira pro campeonato brasileiro, e acho que eu vou começar a correr atrás ai de outros objetivos, mas nada mais importante, é bom deixar bem claro, do objetivo principal, que é o objetivo de equipe, o objetivo de grupo, então se eu tiver um posicionamento dentro de campo que eu tiver que tocar a bola pra um companheiro fazer o gol eu vou tocar, não vou ter esse negocio de querer fazer gol pra atingir meta, nada disso, o grupo é mais importante, o time é mais importante, mas é lógico, cada vez que eu fizer um gol eu vou ficar muito feliz.
Alecsandro, você atingiu essa marca de 70 gols em campeonatos brasileiros, é o principal atacante, o atacante com mais gols em atividade no Brasil nessa competição e tem um exemplo dentro de casa, o Roberto Dinamite, que é o maior artilheiro da historia do campeonato brasileiro. Isso de alguma forma mexe com você, enfim, você usa isso como motivação sua diária, ou é algo que você gosta de deixar de lado e focar dia a dia, enfim, jogo a jogo?
Eu sou novinho ainda né, pretendo jogar mais uns 6 brasileiros ainda, pelo menos 6 brasileiros, então, fico feliz, meu pai até me cobrou, meu pai falou eu sei que nunca foi um objetivo seu buscar esse negocio de números de brasileiro, mas já que você ta entre os primeiros ai é manter e buscar fazer história, eu acho que ficar marcado ai no futebol brasileiro é importante, principalmente vestir a camisa numero 9 e ser marcado pelos gols eu acho mais importante ainda. E a respeito de estar próximo do Dinamite, eu lembro que falei até na minha chegada que, quando eu cheguei aqui antes de ele me cumprimentar eu falei “esperai presidente”, toque nele, fiquei tocando nele, e falei não, agora eu vou entrar com o pé direito, agora, depois que toquei no senhor ta tudo tranqüilo, então o Dinamite foi um grande jogador, um grande goleador, e pra mim que vivo no dia a dia e que convivo com ele, com certeza passa muita coisa positiva.
Você citou seu pai, e ai nesse ponto, trás certamente aquela questão sua familiar, jogo com o Atlético Mineiro, jogo contra o seu irmão Richarlyson, você tem um bom retrospecto jogando contra família, tem um retrospecto legal?
Com o Richaryison não, realmente, ele me venceu mais do que eu venci ele, mas nos últimos anos eu tive mais felicidades que ele né, ganhei um jogo no Beira Rio, empatei um outro no Morumbi, e o mais importante de todos que tirei ele da final da Libertadores, então ele venceu mais mas acredito que a mais importante eu acabei vencendo, então é uma brincadeira legal, a gente chega final do ano a gente fica um conversando com o outro, até tirando um saro, mas dentro de campo cada um busca o seu jogo, cada um defende as cores do seu time e a gente até deixa mesmo o lado de irmão de lado dentro de campo, tanto eu quanto o Richarlyson, o Richarlyson até mais, o Richarlyson a primeira, no jogo no Beira Rio a primeira bola ele já me deu uma entrada e quase tomou um amarelo, a primeira bola do jogo mesmo, ele não aliviou não, até no final de ano nos nossos jogos lá de família eu gosto de jogar bem longe dele porque realmente ele gosta de chegar pesado.
Como que fica a rivalidade dentro de casa? Vocês se falam, enfim, fazem aposta, algo do tipo assim ou concentração total cada um no seu trabalho?
Não, tem a rivalidade, é a rivalidade de clube, a gente é irmão né, fora de casa, não tem como, fora do campo, né, então a rivalidade de cada um ganhar, cada um buscar a vitoria pro seu time, a gente aposta sim em alguns momentos pra beneficiar alguém, algumas instituições, alguma coisa parecida. Como ele tava fora, tava machucado, nessa partida a gente não apostou nada ainda, pode ser que saia alguma coisa, mas nada aposta de dinheiro assim, são coisas mesmo pra, na verdade rola dinheiro né, mas o dinheiro pra ajudar pessoas carentes, a gente acaba fazendo em alguns jogos, não sei se nesse jogo a gente vai fazer.
Fonte: Supervasco