Virou costume. Nos meses que antecedem o pleito, a eleição do Vasco ganhou mais um capítulo polêmico. Nesta quinta-feira, uma das chapas de oposição, liderada por Pedro Valente, apresentou denúncia que pode comprometer o futuro do processo eleitoral do clube.
Segundo o candidato, um simpatizante da chapa “Vasco Valente” procurou o comitê de campanha do candidato e apresentou provas de que teria conseguido cadastrar um sócio, já falecido há 30 anos, no programa “Vasco é Meu”.
Um partidário da oposição conseguiu associar Miguel Ângelo da Cunha, que estaria com 87 anos se ainda fosse vivo, sem que a empresa responsável pelos novos sócios do clube fizesse qualquer tipo de cobrança para provar a existência do mesmo. A denúncia vai de encontro ao principal questionamento da chapa opositora ao processo eleitoral do clube.
A empresa Torcedor Afinidade, controladora do programa de sócios do Vasco e responsável por gerar a lista de sócios elegíveis e eleitores do clube, foi duramente atacada por Pedro Valente e seus partidários, que afirmam não poder confiar em uma empresa que aceita o cadastro de pessoas mortas.
“O problema é muito maior do que imaginávamos. A empresa aceitou o cadastro de uma pessoa que já morreu, emitiu uma carteira para o mesmo e o colocou como sócio do clube. Essa mesma empresa é a responsável por divulgar a lista de associados aptos a votar na eleição. Como podemos confiar na lisura do processo eleitoral com uma coisa absurda dessas?", indagou Pedro Valente, acrescentando.
"Desde o ano passado, pedimos para que essa empresa apresente a lista de sócios do clube, e nada foi mostrado até agora. Essa contestação dos nomes sempre existiu, mas era feito ao Vasco. Agora, o problema é pior, porque o clube não tem essa lista às vésperas da eleição. A lista está no poder de uma empresa que não tem qualquer critério para admitir novos sócios. É uma falta de fiscalização que compromete o processo eleitoral. Independentemente da chapa vencedora, não podemos permitir que haja uma fraude dessas", acusou.
Procurado pela reportagem do UOL Esporte, o presidente da Assembleia Geral do Clube, Olavo Monteiro de Carvalho, responsável por conduzir o processo eleitoral vascaíno, alegou compromissos particulares e prometeu que se pronunciaria em momento oportuno sobre o caso.
"Estou em uma reunião e não posso me pronunciar agora sobre o caso. Mais tarde, com tempo, eu falarei sobre o assunto", disse Olavo em contato por telefone.
Fonte: UOL
Oposição do Vasco denuncia cadastro de sócio morto em 1980
No dia 2 de agosto, o Vasco apontará, nas urnas, seu novo presidente para o triênio 2011/12/13. Enquanto o pleito não chega, o clima esquenta na política. Nesta quinta-feira, a oposição apontou falhas no processo de cadastramento do programa sócio torcedor “O Vasco é meu” por causa da listagem de eleitores e elegíveis. A principal denúncia foi de cadastro de sócio morto.
As eleições este ano foram parar na Justiça por conta de suspeita de fraude. Opositores de Roberto Dinamite, atual presidente, contestaram a lista de elegíveis em abril. A juíza Fernanda Xavier de Brito, da 37ª Vara Cível, concedeu liminar suspendo o processo eleitoral. O prazo estabelecido entre as correntes políticas e a assembleia geral determinou a realização do pleito para o começo de agosto.
Só que uma denúncia contra novo programa de sócios está levando a frente liderada pelo médico Pedro Valente, principal opositor de Dinamite, a tentar adiar o processo eleitoral novamente. Tudo porque, após denúncia anônima, os conselheiros chegaram à informação de que o cadastramento da empresa responsável pelo programa é falho, pois o sistema não cruza informações e é possível criar título em nome de um sócio já morto.
Manuel Angelo da Cunha, falecido em 1980, tem carteira de sócio e faz parte do “O Vasco é meu”. Alguém se passando por ele só não tem direito a voto porque o cadastro foi feito há menos de um ano – período que não permite o associado a participar do pleito. Valente, no entanto, conta que há cadastro de outros sócios mortos, e que este não seria o único caso.
“Esta empresa faz o cadastro de uma pessoa morta. Como vamos acreditar na lisura desta eleição”, criticou Valente. “Antes, a lista era controlada pelo clube. Agora é por esta empresa, que não nos passa a relação completa dos sócios eleitores e elegíveis. Tudo isso compromete a seriedade do processo eleitoral”, completa o candidato. A oposição espera que a Justiça se manifeste até a véspera da eleição.
Fonte: IG