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Vascaína de 76 anos coleciona autógrafos de jogadores de várias gerações


Terça-feira, 12/07/2011 - 12:20

O caderninho de Dona Yolanda, de 76 anos, é um tesouro que ela não larga. Quem olha logo vê que ali não tem a receita das cobranças de faltas de Juninho, mas uma mensagem carinhosa. Na base do grito, ela chamou seu ídolo e, depois de uma corrida, desaconselhada por filhos, netos e bisnetos, foi atendida com o sorriso e um autógrafo.

— O Juninho é antigo aqui. Foi muito bom ele voltar — disse, recuperando o fôlego.

Dona Yolanda se lembra do último jogo que o Juninho fez antes de voltar: a tragédia da queda do alambrado na final da Copa João Havelange, contra o São Caetano, em 2000.

— Estava ali (apontando para as sociais) e vi tudo. Minha filha ficou louca de preocupação por causa de mim — contou.

O hall da fama de dona Yolanda não é feito de jogadores consagrados. Nela, além de craques como Carlos Germano, Acácio, Viola e Pedrinho, tem lugar para outros, bem contestados, como Géder e Muriqui, que não deixaram saudades na Colina. Além de Juninho, ela tem um outro jogador no coração, cujo desafeto, Romário, ela não quer ver nem em forma de estátua.

— O Edmundo é especial. É o melhor de todos — disse a senhora, que vai de ônibus de Madureira a São Januário para ver o time de coração.

No entanto, nos últimos tempos, o sonho de dona Yolanda é bem maior. Ver o bisneto Thiago, de 11 anos, se transformar em ídolo.

— Se entrar no Vasco, vou dar duro nele. Não vai poder jogar mal, não — cobra desde já a exigente bisavó, certa de que vai garantir um lugar especial para o bisneto em seu precioso caderninho.

Fonte: O Globo