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Pedro Valente faz considerações acerca do programa 'O Vasco É Meu'
Terça-feira, 12/07/2011 - 09:36
CONSIDERAÇÕES SOBRE “O VASCO É MEU”
Gostaria de deixar bem claro que não sou contra a participação de nenhum sócio em condições estatutárias legais de votar nas eleições do Vasco, seja como eleitor ou como elegível.
O que ocorre em relação aos sócios oriundos ou que aderiram ao chamado programa “O Vasco é meu”, como se sabe pública e notoriamente, inclusive com a devida apuração e denúncia do próprio Conselho Fiscal do Clube, é que a empresa responsável pela captação e cadastramento destes postulantes a sócios, não repassou as suas fichas à secretaria do Clube para a obrigatória avaliação e aprovação pelo Vasco da Gama, como manda o seu Estatuto.
Efetivamente, este procedimento é obrigação estatutária, fazendo parte do regulamento de todo e qualquer clube. De outra forma a instituição perde o controle sobre o seu quadro social, para não falar dos possíveis desvios e conseqüentes prejuízos financeiros decorrentes do fato de que a empresa Torcedor Afinidade Ltda., responsável pelo programa “O Vasco é meu”, segundo o Conselho Fiscal apurou, transferia para a tesouraria do Clube importâncias arrecadadas sem a também indispensável relação discriminada dos respectivos sócios pagantes, o que tornava impossível não só os seus cadastramentos assim como o controle e fiscalização dos referidos pagamentos.
Tudo irregular. Tudo inconfiável. Tudo feito de forma incompetente e irresponsável. A única pergunta que não quer calar é se todo este descalabro foi feito de forma intencional, visando uma fraude nas eleições, uma impossibilidade de controle contábil ou por mero despreparo administrativo.
Toda esta situação, inédita em nosso Clube, foi ampla e insistentemente denunciada desde que foi implantado este programa “O Vasco é meu” e mais, desde março de 2010, portanto com tempo de sobra para regularização do cadastro destes novos sócios a fim de que tivessem direito a voto, o Conselho Fiscal, através de reiterados ofícios dirigidos ao presidente da Assembléia Geral, Olavo Monteiro de Carvalho e ao presidente do Clube Carlos Roberto de Oliveira, advertiu e solicitou que fosse a situação regularizada de acordo com as normas estatutárias do Club de Regatas Vasco da Gama.
Portanto não cabe a nós da oposição, que estamos zelando pelo cumprimento do Estatuto do Vasco, isto é pela legalidade, nenhuma culpa pela situação constrangedora em que se encontram esses vascaínos que foram ludibriados em sua boa fé ao tentarem se associar ao Clube no intuito louvável de ajudar o Vasco.
Para sanarmos essa situação, principalmente sem prejuízo dos valorosos vascaínos, é que foi solicitado, não só pelo Conselho Fiscal como também por quase todas as correntes de oposição, a listagem desses novos sócios para o devido cadastramento. Nada foi conseguido e, agora, desafortunadamente, como último recurso, só restou o ingresso na Justiça para que seja cumprida as obrigações contidas na Carta Magna do Clube que vem sendo irresponsavelmente rasgada por essa administração.
Estejam certos os pretendentes a sócios do Vasco que agiram por amor ao Clube iludidos na sua boa fé, que uma vez regularizada a situação, serei o primeiro a defender os seus direitos pecuniários e sociais para que possam exercer em plenitude todas as prerrogativas que o Estatuto do Club de Regatas Vasco da Gama lhes garante, inclusive, além do reconhecimento de todas as importâncias pagas, o direito de votar.
Concluindo reafirmo ser ponto de honra, dentro da filosofia política que sempre professei e de acordo com os legítimos preceitos da Democracia, sempre por mim defendidos, que o maior contingente de sócios legalmente aptos possível venha a participar da eleição para que o novo Presidente do Vasco represente com absoluta credibilidade e autoridade a verdadeira maioria do quadro social do Clube em eleições limpas, transparentes e honestas.
Pedro Valente
Fonte: Site oficial do candidato Pedro Valente