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Ramon não vinha repetindo boas atuações de seu 1º ano no Vasco


Terça-feira, 05/07/2011 - 11:07

Em 2009, quando o Vasco teve que contratar praticamente um time novo para dar início ao projeto de reestruturação do clube, poucos jogadores renderam tanto e se entenderam tão bem com a torcida quanto o lateral-esquerdo Ramon. Jovem e cheio de disposição, o camisa 33 incorporou o espírito de luta da Série B e pode ser considerado um dos símbolos do retorno cruzmaltino à elite do futebol brasileiro.

Assim como o meia Carlos Alberto, seu parceiro inseparável, dentro e fora de campo, o lateral conquistou, àquela época, rapidamente um espaço especial na memória dos vascaínos, que, carentes, abraçaram a dupla. Entretanto, não foi apenas o “lado bom” que Ramon herdou do seu companheiro.

Assim como o meia dos cabelos trançados, o lateral-esquerdo parecia ter usado todo o gás no primeiro ano de sua passagem pelo clube. Prejudicado por lesões e indefinições no seu vínculo com o Internacional, Ramon não conseguiu repetir em 2010 as boas atuações do ano anterior.

Página virada, o jogador nunca escondeu a ansiedade pela chegada da atual temporada. Disposto a dar a volta por cima, o capixaba de Cachoeiro de Itapemirim-ES queria provar que 2010 havia sido uma exceção, enquanto muitos questionavam o seu valou e afirmavam que o ano de 2009 é que poderia ser considerado uma temporada atípica, com boas atuações.

A temporada se iniciou e o jogador voltou a repetir Carlos Alberto. Assim como seu amigo, deu razão aos críticos e não emplacou uma boa sequência de jogos. Enquanto o time se reabilitava do início desastroso de temporada, Ramon não conseguia recuperar o seu bom momento. Nem mesmo o título da Copa do Brasil foi capaz de amenizar as críticas ao lateral, que passou a ser cada vez mais criticado.

Por mais que estampasse o tradicional sorriso de menino no rosto, o ambiente era cada vez mais desfavorável e a gota d'água foi um pedido de dispensa para a realização de sua festa de casamento, combinada previamente com a diretoria, mas que não teria sido comunicada ao técnico Ricardo Gomes.

O que seria sinônimo do início de sua felicidade transformou-se em um triste fim. Sem o mesmo prestígio da época da Série B, perdeu a vaga para Márcio Careca, revelou o desejo de deixar o clube aos dirigentes e selou um destino bem diferente daquele que traçou quando chegou em 2009: uma despedida pela porta dos fundos e sem deixar saudades.

Fonte: UOL