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Relembre a carreira de Pedrinho, que completa 34 anos nesta 4ª-feira


Quarta-feira, 29/06/2011 - 11:04

Rápido, arisco e habilidoso. É dessa forma que devemos resumir um dos jogadores mais vitoriosos que passaram pelo Vasco da Gama. Pedro Paulo de Oliveira, o popular Pedrinho, marcou época com a camisa do Gigante da Colina durante as décadas de 1990 e 2000. Campeão dos Brasileiro de 1997 e 2000, da Taça Libertadores de 1998, do Carioca de 1998, do Torneio Rio-São Paulo de 1999 e da Copa Mercosul em 2000, o jogador iniciou sua carreira no futsal do cruzmaltino, onde se profissionalizou em 1995 ao lado do ‘amigo-irmão’ Felipe.

O início nas quadras deu a Pedrinho o domínio em dois fundamentos importantíssimos no futebol: drible e velocidade. Foi com eles que conseguiu levantar a torcida vascaína em jogos contra o Flamengo, maior rival do clube de São Januário. O sucesso em partidas contra a equipe da Gávea fez com que Pedrinho recebesse o rótulo de ‘Carrasco Rubro-Negro’.

Apesar de muito sucesso no início da carreira, ele não conseguiu obter sequência com a camisa da Seleção Brasileira. Para muitos, a culpa por esse fato é da sequência de lesões que o acompanhou durante toda sua trajetória no futebol. Ao lado de Felipe, com quem cresceu junto na Colina Histórica, Pedrinho era apontado como uma das maiores promessas do país e talvez se não tivesse se lesionado dois dias antes de se apresentar pela primeira vez a Seleção, poderia ter sido tudo que esperavam dele.

No decorrer de sua vida como jogador, Pedrinho ainda passou Palmeiras, Al-Ittihad (ARA), Fluminense, Santos, Al-Ain (EAU) e Figueirense, mas em nenhum deles conseguiu obter tanto sucesso como no Vasco da Gama. Até conseguiu chegar a Seleção Brasileira em 2004, mas os problemas com o joelho e a forte concorrência no setor o impediram de realizar o sonho de disputar uma Copa do Mundo.

Em 2008 retornou ao Gigante da Colina com a missão de impedir o rebaixamento do clube para a segunda divisão, mas foi pouco aproveitado e nada pôde fazer. Apesar disso, um gesto de Pedrinho ficou marcado durante aquele ano. Antes mesmo do término da partida entre Vasco e Vitória, que decretou a queda cruzmaltina para a Série B, o ídolo foi flagrado chorando como um menino.

Depois desse dia, mesmo contra a vontade da torcida, que cobrou e ainda cobra uma festa de despedida digna para o jogador, Pedrinho só foi visto novamente em São Januário em 2010, na apresentação de seu ‘amigo-irmão’ Felipe. Completando 34 anos nesta quarta-feira, o ex-jogador hoje brilha nas quadras de Showbol com a camisa cruzmaltina, enquanto aguarda ansiosamente uma homenagem digna de Pedrinho, digna de um dos maiores ídolos da história do Vasco da Gama!

Torcida faz bandeira em sua homenagem

O ano era 2000 e o adversário era o Flamengo, maior rival do Vasco. A noite foi de gala e o Gigante da Colina goleou o time da Gávea pelo placar de 5 a 1, mas o que ficou marcado na mente dos vascaínos foi um gesto de Pedrinho.

Ao marcar o último gol da goleada cruzmaltina, o jogador colocou o dedo na boca e mandou a torcida rubro-negra se calar. O gesto foi imortalizado numa bandeira da Torcida Pequenos Vascaínos. Luis Rocha, presidente da torcida organizada, explica o motivo da homenagem e rasga elogios para ex-jogador:

- Foi um cara que vestiu a camisa com amor e se identificou com o clube. É dos ex-jogadores vivos o que mais se identifica com o clube, excelente profissional. Sua história foi precocemente parada por uma fatalidade. Resolvemos fazer a bandeira pela garra e dedicação que ele teve quando defendeu o Vasco como jogador – disse o presidente da Torcida Pequenos Vascaínos.

Jornalistas analisam a carreira de Pedrinho

“Tive a oportunidade de acompanhar o Pedrinho chegando no elenco profissional do Vasco. Sempre se destacou pelo comprometimento com o trabalho, a habilidade apurada e a identificação com o clube. Não tenho dúvidas em afirmar que as lesões sofridas, tiraram o Pedrinho do futebol europeu. Ele também teria vaga certa na seleção em 98. Era um craque.”- (Rodrigo Campos- Rádio Manchete)

"Pedrinho é fruto de uma das gerações mais virtuosas do Vasco e do futebol brasileiro. Uma pena que os médicos não tenham entendido como tratá-lo. E isso não foi só no Vasco. Habilidoso, profissional e ídolo, ou seja, bom jogador, cumpridor dos seus deveres e gente boa. Sou fã do Pedrinho! Talvez, se ele tivesse sido criado pelo Santos, estivesse hoje num patamar de idolatria maior do que ele tem. A imprensa paulista é craque em tratar seus promissores talentos. Vide Robinho, Diego, Neymar, Ganso... Pedrinho tinha habilidade, velocidade, muita noção do campo de jogo e estirpe!"- (Jorge Eduardo- Rádio Globo)

Ficha e números no Vasco- retirado do Boteco do Portuga

Pedro Paulo de Oliveira, 29/06/1977, Rio de Janeiro-RJ

1995 - 12 jogos - 0 gols
1996 - 5 jogos - 3 gols
1997 - 63 jogos - 13 gols
1998 - 44 jogos - 14 gols
1999 - machucado
2000 - 55 jogos - 10 gols
2001 - 32 jogos - 7 gols
2008- 8 jogos - 0 gols

Total - 219 jogos e 47 gols











Fonte: Supervasco