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Acácio revela problemas de PC Gusmão com Felipe e Carlos Alberto
Domingo, 26/06/2011 - 14:06
Tal qual um internauta com problemas no computador, o Vasco desligou o velho PC do comando técnico do time e encontrou em Ricardo Gomes uma nova vida — além de um título inédito. Mas é hora do reencontro dos jogadores com o ex-treinador PC Gusmão, no jogo contra o Atlético-GO, neste domingo, às 18h30, no Serra Dourada. Além de tentar uma vitória depois de três jogos, o time quer esquecer o passado recente da pior campanha da história do Vasco em Carioca — quando PC ainda era o técnico.
Quem também se esforça para apagar da memória o decepcionante início de ano do Vasco é o ex-auxiliar de PC, Acácio. Ex-goleiro de destaque no clube, ele conquistou quatro títulos na Colina: um Brasileiro (1989) e três Estaduais (1982, 1987 e 1988). Para Acácio, um dos motivos da péssima campanha no Estadual foi a demora para contar com jogadores essenciais ao Vasco.
“Não conseguimos ter alguns atletas que contratamos na estreia. E até alguns remanescentes, como o Dedé. Sentimos a falta desses jogadores. Quando perdemos logo na estreia, gerou um abatimento. E logo começou uma pressão muito grande, a cobrança do torcedor, isso mexeu muito com todos. No segundo jogo, perdíamos por 2 a 0, conseguimos o empate, mas perdemos. Foi aí que a coisa começou a degringolar”, lembrou Acácio.
Ao contrário do que PC disse na saída do clube — em nota, o ex-treinador disse que “nunca tive problema nenhum com ninguém” —, Acácio admite dificuldades no relacionamento do treinador com jogadores mais experientes do time, como Felipe e Carlos Alberto.
“A terceira derrota, contra o Boavista, que tem um bom time e até chegou à final do 1º turno, gerou problemas de convívio. A verdade é que esperávamos muito do Felipe e do Carlos Alberto, que tinham um passado de respeito na história do clube, mas eles acabaram não rendendo no início do ano. O Paulo teve que trocá-los nas partidas. E houve insatisfação, o que é natural, porque são atletas que têm nome”, contou o ex-goleiro vascaíno.
Para Acácio, a substituição de Felipe em alguns jogos também tinha a intenção de não expor o jogador. “A gente preservava o Felipe em alguns momentos. Mas, como o time estava perdendo, talvez ele tenha pensado que assim estávamos colocando a culpa nele. Antes, porém, não tivemos qualquer problema”, garantiu Acácio, que lembra do “clima maravilhoso” na pré-temporada vascaína, em Atibaia (SP), em janeiro.
Elogios para o trabalho de Ricardo Gomes
Para Acácio, o amigo PC Gusmão não pensa em dar o troco no time vascaíno na partida de hoje. “Acho que vai ser um jogo normal para ele. Não acredito em vingança nem ressentimento por parte dele. Dos jogadores do Vasco, não sei”, disse o ex-goleiro, que elogiou muito atual treinador vascaíno, Ricardo Gomes.
“O Ricardo foi extremamente importante para o Vasco. Ele conseguiu elevar a moral do grupo. Ele foicapaz de reequilibrar o emocional dos jogadores mesmo com a cobrança imensa do torcedor”, afirmou o ex-goleiro, que trabalhou durante quase cinco anos com PC. Ele está sem clube depois de ter sua primeira experiência como técnico, no Americano. Acácio evitou o rebaixamento do time de Campos, sua cidade natal.
Fonte: Marca Brasil