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Cruzada Vascaína divulga nota sobre extensão de mandato de Dinamite


Sábado, 25/06/2011 - 20:29

Nota oficial: Sobre os últimos episódios ocorridos no processo eleitoral no Vasco

Vascaínos:

É com perplexidade e pesar que constatamos a reedição, como já aconteceu em 2003 e 2006, de um período eleitoral repleto de problemas, brigas e atitudes que em nada visam unicamente ao bem de nosso clube. O Vasco, com seu passado exemplar de democracia para a sociedade brasileira, vem sofrendo já há alguns anos com atitudes que não condizem com sua história culminando, na semana passada, com uma mácula moral na vida do clube ao assistir o Conselho Deliberativo prorrogar o próprio mandato, além dos mandatos do presidente da Diretoria Administrativa, Assembleia Geral e do Conselho Fiscal. Perpetrou-se no Vasco um golpe “branco”, orquestrado e executado no intuito de interromper, por vias aparentemente legais – jamais morais ou éticas – o processo de sucessão com base na vontade dos sócios. Ou seja, usam-se expedientes democráticos para atentar contra o sistema democrático. Esse tipo de atitude, normalmente utilizado em ditaduras disfarçadas, é condenável e não condiz com a tradição democrática do Vasco da Gama.

A Cruzada Vascaína se manterá firme em defesa dos princípios que sempre nortearam a trajetória do Vasco e lutará, até as últimas instâncias legais, para que os preceitos democráticos imperem.

Uma eleição limpa, com a participação dos sócios oriundos do programa “O Vasco é Meu”, sem que isso represente risco de o pleito ser cancelado posteriormente, é um desses preceitos. Para isso, é imperioso, que aconteça o recadastramento dos sócios antigos e novos, processo esse sugerido pela Cruzada aos poderes do clube, aprovado por todos inclusive em ata de reunião do Presidente da Assembleia Geral e o Conselho Fiscal e posteriormente pelo Conselho de Beneméritos, que foi, sem motivo aparente, deixado de lado com a marcação do pleito para o próximo dia 2 de agosto. Entendemos que sem uma lista confiável de sócios, o que só aconteceria por meio do processo de recadastramento, a eleição estará, desde já, sob suspeita. As razões são as mesmas alegadas pela própria situação durante todo o tempo em que foi oposição, mas que parecem agora esquecidas.

Com trabalho sério e a devida prioridade, estimamos serem necessários dois meses para que o recadastramento seja realizado de forma competente e cuidadosa. Comprometemo-nos inclusive a participar ativamente desse processo, a fim de que seja concluído no prazo necessário. Somando a esse tempo estimado os prazos legais previstos pelo estatuto para impugnações, defesas e os 60 dias para a campanha com a lista oficial de elegíveis divulgada, entendemos que o ideal é que a eleição seja marcada para o próximo mês de novembro, o que serviria inclusive para reintegrá-la ao calendário previsto no estatuto do clube.

Para coordenar o processo eleitoral, que deve ter o envolvimento das demais correntes políticas do clube, sugerimos que haja indicação de um membro independente, indicado em comum acordo pelos Presidentes dos Poderes do clube, para que se garanta a lisura e o cumprimento dos prazos para as eleições, visto que o atual presidente da Assembleia Geral, além de não estar com seu mandato em vigor a partir do próximo dia 27, não conseguiu conduzir o processo de forma satisfatória e eficaz.

Um ponto que nos preocupou inicialmente foi a inevitável vacância nos poderes da Diretoria Administrativa, do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal. Dessa forma, ao colocar o Vasco da Gama acima de qualquer desejo pessoal e acreditando que eleições limpas são o desejo de todo Vascaíno, propomos aos poderes do Vasco assinarem um termo de conciliação ratificado em votação por quorum qualificado pelo atual Conselho Deliberativo até o próximo dia 26 quando também finda seu mandato, aceitando, excepcionalmente, a manutenção apenas da Diretoria Administrativa em caráter de interinidade para que o clube mantenha sua parte administrativa gerenciada sem prejuízos, principalmente ao departamento de futebol, durante a intervenção no processo eleitoral. É importante ressaltar que essa interinidade não pode ultrapassar, sob hipótese alguma, a data de 31 de dezembro de 2011.

Entendemos que a atual administração é a principal responsável pelo imbróglio eleitoral que se instalou e pelo não cumprimento dos prazos estatutários, no entanto, ao avaliar a continuidade administrativa do clube, seria de grande prejuízo ao Vasco duas trocas de administração em um período de seis meses.

Enviaremos a proposta apresentada aos presidentes de todos os poderes do clube e esperamos ter nosso pleito atendido nos prazos determinados. Caso não haja mudança do atual quadro, seguiremos os trâmites necessários para garantir ao Vascaíno a participação em um processo democrático, limpo e sem vícios, o que nos trará a certeza de que a chapa vencedora será realmente a escolhida pela maioria dos sócios do clube. Aproveitamos para registrar nossa decepção e tristeza com o fato de o Conselho Deliberativo do clube, formado por 150 membros eleitos e 150 natos, não ter sido capaz de se antecipar a esse problema e chegar a um consenso que permitisse ao Vasco caminhar sem a intervenção externa. Fica para os Vascaínos a certeza de que o clube precisa de renovação no quadro de conselheiros no próximo triênio para que o debate e o entendimento sejam intensificados, para o bem da instituição. É nessa direção que a Cruzada Vascaína caminha. Com o objetivo de um Vasco da Gama cada mais forte e respeitado por sua história e seu compromisso inegociável com a ética e a moral.

Cruzada Vascaína


Fonte: Cruzada Vascaína