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Vasco tem esperança das cobranças de falta nos pés de Juninho


Sábado, 25/06/2011 - 05:01

Especialista em cobranças de faltas é aquele que quando pega a bola na entrada da área a torcida já prende a respiração pela expectativa do gol muito próximo. No Vasco, este ano, ainda não apareceu o cara responsável por isso. Dos 66 gols, apenas cinco foram marcados de falta e por cinco jogadores diferentes. A esperança chega pelos pés de Juninho Pernambucano.

Juninho, que provou no próprio Vasco ser um exímio cobrador e ganhou versos cantados nas arquibancadas pelo gol marcado desta forma contra o River Plate, mostra que o talento se moldou com muito treinamento. No seu retorno, manteve o ritmo de treinos de cobranças após os trabalhos técnico e táticos.

— É um cobrador de falta diferente. Tem aquele jeito de bater na bola que parece até que está brincando tamanha facilidade — disse o meia Diego Souza.

Mas há outros candidatos a este posto, ao lado do camisa 8, como o próprio Diego Souza, Bernardo, Ramon, Fellipe Bastos, entre outros. Até mesmo o atacante Alecsandro entra nesta turma. Ontem, ele teve aproveitamento melhor do que Juninho no treino.

Apesar de menos badalado, sempre teve forte concorrência nos outros clubes que jogou, como D’Alessandro e Andrezinho, no Inter, Alecsandro leva jeito. Na partida contra o Grêmio, o camisa 9 acertou a bola na trave numa cobrança da esquerda. Na final da Libertadores do ano passado, no primeiro jogo contra o Chivas Guadalajara também deixou a a falta no travessão. Falta acertar o gol.

Pai Santana visita clube

Para isso, Diego Souza dá o caminho: ficar perto de Juninho e tentar pegar algumas dicas. — A gente sabe do potencial dele, da qualidade que tem e gosta de estar ao lado para ver, ter alguma dica e quem sabe possa aprender um pouquinho. Ele sempre fala para bater assim e eu pergunto: assim como? — brincou.

Ontem, o ex-massagista do Vasco Pai Santana foi homenageado em São Januário. Em cadeiras de rodas e quase sem falar, ele deixou estampada a palma da mão no muro da sede, parte da homenagem aos “camisas negras” de 1923, que lutaram contra o preconceito racial e social. Personagem folclórico do clube nos anos 70 e 80, principalmente, Pai Santana foi recebido pelos jogadores, comissão técnica e ex-companheiros do departamento médico. No campo, ele ganhou abraços de Felipe e Juninho Pernambucano, únicos jogadores presentes na sua passagem pelo clube.

Fonte: O Globo