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Renato Gaúcho e Ricardo Gomes têm bem mais em comum do as iniciais RG e a Copa do Mundo em que foram companheiros em 1990. De dois grandes jogadores, que conquistaram muitos títulos dentro de campo, a treinadores promissores, com histórico de bons trabalhos de recuperação de equipes, mas apenas uma conquista marcante: a Copa do Brasil. Hoje, o Grêmio, de Renato, e Vasco, de Ricardo, se enfrentam hoje, às 16h, no Olímpico pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.

Renato Gaúcho é o maior ídolo da história do Grêmio, mas como treinador tem campanhas que não terminaram bem como o vice da Libertadores pelo Fluminense. No entanto, o técnico fez bons trabalhos como no Grêmio quando tirou o time da zona de rebaixamento do Brasileirão do ano passado para levar a uma vaga na Taça Libertadores.

Ricardo Gomes também tem um carreira magra no Brasil, mas se encontrou no Vasco. Ele assumiu com o clube já eliminado da Taça Guanabara e com o pior início de Estadual da sua história. Com a sequência do trabalho levou a Copa do Brasil quatro meses depois.

Em matéria de estilo, os dois treinadores são bem diferentes. Enquanto Renato é falastrão, no melhor estilo boleiro, Ricardo é contido, sério. Tirar o técnico do Vasco do sério é uma tarefa ingrata como conta Diego Souza:

— O Ricardo é tranquilão, brinca com a gente. Acho que é impossível ele ficar nervoso. Eu, pelo menos, nunca vi — disse Diego, que teve o apoio de Allan.

— Ele é muito sério, de vez em quando chega brincando, mas o mais difícil mesmo é vê-lo nervoso. Nunca o vi se alterando — contou o lateral, que foi convocado para o Mundial Sub-20.

Se a Copa do Mundo de 1990 foi marcada por brigas de grupo e pelo gol de Caniggia nas oitavas de final, pelo menos serviu para que Renato e Ricardo conseguissem tornar-se amigos.

— Aquela seleção tinha vários líderes. O Ricardo é uma pessoa leal, correta e um grande profissional. Fiquei muito feliz pela conquista. É uma pessoa que merece — afirmou Renato Gaúcho, que confirmou a diferença de estilo com o colega de profissão.

— Ele tem um estilo mais calmo e tranqüilo. Eu cobro mais. Sou mais enérgico, mas cada um no seu estilo. Ele tem um bom grupo e um grande time — elogiou.

Ricardo só tem uma dúvida para escalar o Vasco hoje: Allan ou Fellipe Bastos no meio. O treinador foi na memória para buscar o primeiro jogo em que atuou com Renato Gaúcho.　

— O Renato é um bom companheiro, tenho boas lembranças dele. Além da Copa de 1990 jogamos vários jogos juntos pela seleção. Acho que a primeira vez foi em Wembley, mas no antigo Wembley, em uma partida contra a Inglaterra. Não lembro exatamente sei se em 87 ou 90. Não temos um contato muito grande, mas gosto dele — resumiu o treinador vascaíno.

Fonte: Extra online