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Pedro Valente classifica de 'golpe' prorrogação de mandato de Dinamite


Sexta-feira, 17/06/2011 - 17:15

O GOLPE

A realidade é que o fato de “não se ter conseguido realizar as eleições nos prazos fixados”, como declarou o presidente do Conselho Deliberativo do Vasco, José Carlos Osório, em defesa da prorrogação dos mandatos proposta pelo presidente da Assembléia Geral, Olavo Monteiro de Carvalho, responsável por presidir as eleições, foi de responsabilidade do presidente da Instituição, Roberto Dinamite, e do próprio Olavo. Foi ele, Olavo, que impôs a contratação da famigerada empresa responsável pela captação de novos sócios e que não repassou à Secretaria do Clube as fichas destes sócios para que fossem cumpridas as indispensáveis disposições estatutárias de admissão no quadro social.

Diante da irregularidade o presidente do Vasco foi formalmente instado, por repetidas vezes, durante mais de um ano, pelo Conselho Fiscal. Cópias destes pedidos foram enviadas ao presidente da Assembléia Geral e nenhuma providência foi tomada por ambos.

Por oportuno, cumpre acrescentar que o Conselho Fiscal, ate hoje não recebeu a comprovação da entrada na Tesouraria do Clube, de forma discriminada, dos numerários correspondentes aos pagamentos efetuados por aqueles candidatos a sócios.

Agora, às vésperas da eleição, resolveu o presidente da Assembléia Geral, intempestiva e açodadamente, tentar cadastrar estes sócios, totalmente irregulares, o que se tornou inviável colocando todo o processo eleitoral em risco de uma baita fraude. É evidente que os Vascaínos que aderiram a este programa, denominado “O Vasco é Meu”, foram ludibriados pela empresa e pela inépcia dos atuais dirigentes. Essa desídia redundou em todo este imbróglio político em que desafortunadamente está mergulhado o nosso Clube.

A tentativa de Olavo de prorrogar o seu mandato bem como dos membros dos demais poderes do Clube, além de anti-estatutário e imoral, é ilegal segundo o preceito jurídico consagrado de que “a ninguém é lícito se beneficiar da própria torpeza”.

Efetivamente tudo se deveu, infelizmente, a incompetência e negligência dos presidentes do Clube e da Assembléia Geral, e agora, ardilosamente, querem, inclusive como candidatos à presidência e primeira vice-presidência respectivamente, se beneficiar de seus próprios erros e omissões cometidos deliberadamente.

A meu ver não é só uma questão de culpa, há também fortes indícios de dolo.

Esta “vitória de Pirro” obtida na reunião do Conselho Deliberativo golpeou o estatuto social do Clube e a própria Democracia, da qual o Club de Regatas Vasco da Gama, ao longo de sua história, sempre foi um paladino.

Na verdade foi uma derrota, já que a proposição golpista não conseguiu o quorum qualificado de dois terços dos votantes, além do que o próprio Edital de Convocação não contemplava especificamente a ilegalidade da proposta apresentada aos conselheiros.

Pedro Valente


Fonte: Site oficial do candidato Pedro Valente