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Dinamite relembra época em que jogou na Portuguesa-SP


Sexta-feira, 17/06/2011 - 16:48

Nascido na cidade de Duque de Caxias no dia 13 de abril de 1954, Carlos Roberto de Oliveira, mais conhecido como Roberto Dinamite, conseguiu marcar história dentro do futebol brasileiro e dos dois maiores clubes de origem portuguesa do país.

Com um currículo recheado de títulos, o ídolo da torcida do Vasco aceitou o convite feito pelo então técnico da Portuguesa, Antônio Lopes, para disputar o Campeonato Brasileiro de 1989 com a camisa Rubro-Verde.

Os nove tentos feitos pelo time do Canindé em apenas seis meses de clube ajudaram o centroavante a alcançar a marca de 190 tentos no torneio nacional. Com isso, o avançado se tornou o maior artilheiro da competição. Embora tenha conseguido levar a Lusa para a sétima colocação do Brasileirão com seis pontos à menos que o Gigante da Colina, campeão na ocasião, o jogador não aceitou a renovação contratual e logo retornou para São Januário.

Dia 15 de junho de 2011, 21 anos após a brilhante passagem pelo time verde encarnado, o atual presidente do Vasco da Gama aceitou conversar com a equipe do Lusa News, onde comentou sobre vários assuntos sobre a sua história com a Portuguesa e explicou o real motivo de não ter prolongado o vínculo na ocasião.

Veja os principais trechos da entrevista.

Como foi tomar essa decisão de ir para o Canindé e como foi a experiência de ir para o Canindé?

A decisão foi tomada com base na amizade que eu tenho com o Lopes. A experiência foi muito boa e tenho gratas lembranças daquela época.

Na sua apresentação, vários torcedores estiveram presentes no Canindé e a imprensa noticiou que sua apresentação foi considerada como a de um “rei”. Como foi para o senhor entrar nos muros do estádio Doutor Oswaldo Teixeira Duarte e presenciar aquela apresentação e manifestação dos torcedores?

Como disse antes, tenho boas lembranças daquela época apesar do pouco tempo que fiquei lá. A torcida me tratou com enorme carinho e respeito. Só tenho a agradecer o tratamento que me dispensaram e procurei retribuir com alguns gols que ajudaram a Portuguesa a ficar em sétimo lugar na classificação geral com 20 pontos.

Após o torneio nacional, a diretoria lusa declarou que tentou a renovação do seu contrato, mas o senhor optou por retornar a São Januário e acabou decepcionando parte dos torcedores. Esse pedido de renovação aconteceu e por que o senhor optou por retornar para o Gigante da Colina?

Aconteceu sim. Mas eu também havia sido convidado para voltar ao Vasco que tinha acabado de conquistar o Campeonato Brasileiro e se classificado para a Libertadores. E apesar do enorme carinho da diretoria e da torcida lusa, o coração vascaíno falou mais alto.

Como era o seu relacionamento com os jogadores na época e quais lições o senhor conseguiu adquirir com a Lusa?

O relacionamento era o melhor possível. Havia muito respeito em relação a minha carreira e minha pessoa e o ambiente era muito bom. A lição mais importante que guardei daquele tempo foi o carinho do torcedor que me tratou como ídolo.

Embora o senhor seja atualmente presidente do Vasco da Gama, o senhor pensa em, algum dia, exercer um cargo de dirigente ou mandatário na Portuguesa?

Não penso não. Depois dessa experiência no Vasco, pretendo investir todo o meu tempo na família e na carreira política. Acho que ainda posso contribuir muito como legislador do Estado do Rio de Janeiro. Quero criar mais leis que defendam o direito do cidadão e que dê ao povo condições melhores de vida. Antes de ser presidente do Vasco já havia criado mais de 250 projetos. Sessenta e dois viraram leis.

O senhor poderia deixar algum recado para a torcida lusitana?

Nos seis meses que vivi no Canindé, virei artilheiro. Gostaria de ter feito mais. Deixei lá, muitos amigos e eles deixaram em mim, boas lembranças. Desejo ao torcedor da Lusa que ele possa gritar a plenos pulmões o maior grito de guerra de toda torcida: "É campeão!

Fonte: Lusa News