Uma aventura capaz de proporcionar felicidade inexplicável e unir até gente desconhecida, aos prantos de alegria. “O que o Vasco une ninguém separa”. A frase resume as 24 horas vividas pelas gêmeas Bia e Branca Feres, atletas do nado sincronizado e torcedoras fanáticas do Gigante da Colina, na conquista da Copa do Brasil em Curitiba na última quarta-feira.
A dupla viajou junto com a torcida e curtiu o antes, durante e depois do título que encerrou o jejum de oito anos sem conquistas. Reconhecidas na arquibancada pelos torcedores, mesmo que desconfiados se eram elas mesmas, as musas loiras viraram amuleto da sorte da taça dourada. A pedido do Extra, Bia e Branca montaram um “Diário de bordo”, contando cada passo e cada emoção.
Confira:
Ideia e emoção inédita
A emoção foi maior de estar lá, foi uma aventura. Primeira vez que a gente viajou pra acompanhar o Vasco. Nossos pais não acreditaram!
A viagem de ida
A gente não conseguia dormir. Estava muito ansiosa. Até hoje a gente deita na cama e fica com o grito da torcida na cabeça. Maior barulho no avião, com direito a “holla”, músicas do Vasco.
A chegada em Curitiba
Primeiro a gente foi para o hotel, havia vários ônibus para levar torcedores vascaínos ao estádio. Pegamos o ônibus, estava muito frio, mas não deu para sentir, quando a gente chegou lá estava aquele “vuco vuco”, um “expreme expreme”, “empurra empurra”. Em comparação com a torcida do Coritiba em São Januário, foi uma missão mais difícil para os vascaínos. O Coritiba trouxe bandeira, lá não podia levar nada, nem bateria, nem fazer barulho, nem nada de torcida organizada.
90 minutos de tensão
Eu estava louca, achei que fosse infartar com 23 anos. Com o primeiro gol pensei que a gente ia ganhar, o time estava jogando bem, mas o Coritiba empatou, e aí não parou de pressionar. Se tivesse mais cinco minutos o titulo não estava com a gente. Estava todo mundo desesperado, se abraçava, rezava, cantando muito. Ficou todo mundo no meio da arquibancada, não acreditavam que seríamos campeões.
Fim do drama
Foi um berro de todo mundo junto, as pessoas se abraçavam, até quem não conhecia, choravam, caiam no chão. Tinha torcedor se jogando um em cima do outro. Foi uma alegria inexplicável.
Contato com os jogadores
A gente tirou foto com o Felipe. Ele estava desnorteado de tão feliz. Dinamite estava radiante. Dedé e Eder Luis foram os mais comemorados. A gente entrou em campo, foi engraçado, porque caiu um raio. Pensei: Vasco é campeão e vai chover. Mas choveu foi gelo, granizo. A gente ficou preso no estádio por duas horas, só saimos depois da torcida do Coritiba.
Volta no avião sem o peso do jejum
Foi uma zona. Toda hora pediam para torcida do Vasco fazer silencio. Mas 90% do avião era de vascaíno, e chegando no aeroporto parecia um arrastão.
Repetir a dose
Ainda mais ano que vem, com a Libertadores, viagenzinha para Argentina, Colômbia. Vamos tentar ir novamente, o espírito é muito legal. Ouvi de um vascaino que o que o Vasco une ninguém separa.
A gente teve uma época muito boa, de 1997 a 20001, em 2003 também, mas não foi expressivo. Dessa vez foi um cala a boca para todo mundo. Vários amigos mandando mensagem, já ganhei almoço, porque fiz várias apostas.
A imagem que ficou
Depois do apito final todo mundo se abraçando, chorando. Outra coisa engraçada era eu e minha irmã sozinhas, no meio de um monte de homem. As pessoas pediam pra tirar foto, e diziam que nós éramos o amuleto da sorte. Tomara que tenha efeito outras vezes.
Fonte: Extra