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Juninho diz que está vindo para 'participar de um time vencedor'


Sábado, 11/06/2011 - 11:27

'Vim para ajudar, participar de um time vencedor'

O sonho de todos os vascaínos se concretizou. Dez anos depois de sair, ovacionado, no intervalo do jogo que deu o último título brasileiro ao Vasco, Juninho Pernambucano voltou a vestir a camisa do Cruz-Maltino na manhã deste sábado.

Com o número 8 às costas, o Reizinho mostrou a humildade característida de toda sua carreira.

- Estou vindo para jogar, colaborar, participar de um time vencedor. Foi importante voltar a ser campeão. A curiosidade existe, acedito que vou ajudar muito. Poucos conhecem o futebol de lá, existe a diferença. Se não desse, eu voltaria, por isso fiz o contrato de risco. Posso não render o esperado, mas a vida é assim. Vou fazer meu melhor, esse é o importante. Talvez eu precise desta readaptação, talvez não. A partir de segunda pretendo treinar com o grupo e jogar à partir de julho.

EMOÇÃO PARA A RECEPÇÃO

- Sou bem emotivo, nunca mais entrei em um estádio cheio. Hoje também temos a entrega de faixas, os jogadores merecem a festa. O jogot ambém vale três pontos. A festa hoje não é só pela minha volta. Me sinto um privilegiado pelo carinho, foi um momento marcante. Não trocaria aquele gol po nada. Entrei no segundo tempo, me lembro bem. Essa também é uma das razões de eu ter voltado. Tive receio, mas graças a Deus ainda estou em condições.

EM QUE POSIÇÃO JOGAR?

- Quem decide é comissão técnica. Já joguei em todas as posições do meio. Evoluí na Europa, me tornei um jogaodor mais completo. É uma tendência no futebol. A força do elenco é muito importante. Para fazer uma boa campenha é importante ter um bom grupo e estou preparado para ajudar.

COPA DO BRASIL

- Vi o jogo, fiquei muito nervoso. As equipes alternaram bons e maus momentos. Abrimos o placar em um contra-ataque, uma marca do time. O Vasco perdeu quando podia. O Coritiba até pode ter merecido, mas pela Copa do Brasil ninguém mais merecia do que o Vasco.

LIBERTADORES

- Se eu tiver condições, será um prazer jogar a Libertadores. Mas quero me concentrar nesse seis meses. Me sinto privilegiado de continuar jogando em alto nível aos 36 anos. Quero curtir esse tempo. O clube precisava deste título, é uma coincidência positiva, seria triste estar aqui em uma situação diferente. O Vasco provou que tem um grupo forte.

ESTREIA

- Como estou treinando, acho que três semana serão suficientes para ficar no banco, entrar e ajudar.

PRIMEIRA PORPOSTA

- Nos últimos três anos o Vasco me procurou. No Qatar, achei que seria meu último contrato, pois meu ano no Lyon foi difícil. Meus planos de vida não me permitiram recusar a proposta do Qatar, era importante para mim e para minha família. Depois que encontrei o Roberto em janeiro, achei que era o momento certo, por isso não renovei meu contrato com o Al-Gharafa.

CONTINUOU ACOMPANHANDO?

- Depois que saí, nunca mais entrei em São Januário. Segui minha vida, fiz contrato de cinco anos com o Lyon. Todo time grande vive de altos e baixos. A queda foi difícil, a volta aconteceu em seguida. O Corinthians também já jogou a segunda, o Fluminense, idem, e é o atual campeão brasileiro. O Vasco teve dificuldade para manter jovens jogadores. Foi finalista da Copa do Brasil em 2006. Espero que depois desse título isso fique no passado.

FAIXA DE CAPITÃO

- É muito humilde da parte do Fernando Prass. Ele se firmou no clube, colabora muito. Fui capitão no Lyon, no Al-Gharafa, no Vasco nunca. Mas sempre colaborei. Seria um prazer ser capitão quando eu fosse titular. A minha volta vai fazer com que os mais jovens se sintam relaxados, a pressão fica nos mais experientes. Todo mundo vai esperar muito de mim.

VESTIR A CAMISA DO VASCO

- É uma mistura de emoções, pensei muito. Mas me questionei, já estava na história, podia manchar. O Felipe mesmo, hoje está jogando muito, mas no início foi criticado. É uma mistura de emoções, estou ansioso para entrar em São Januário hoje. Quero encontrar o Carlos Germano, os funcionários que estão ládesde o meu tempo. Eu merecia reviver esses momentos, mas com a expectativa de que possamos continuar vencendo.

EXPERIÊNCIA

- Aprendemos muito, estou no final da carreira. Quando cheguei, estava começando. Tinha a vida toda de jogador pela frente. Agora estou perto de parar. Considero que vou jogar futebol até dezembro. Minha história foi marcada nos clubes, fuic ampeão por onde passei. Tive dificuldades de me firmar na Seleção. Mas foi importante marcar meu nome por onde passei. Estou mais velho, experiente, mais rodado.

VOLTARIA NA OUTRA GESTÃO?

- Estou voltando para o Vasco. O Roberto foi fundamental, o que ele fez como jogador e faz como prsidente, poucos vão atingir. Eu voltaria se ele não estivesse também. Tudo é passado, saí daquela forma em 2001 pois foi a última solução. Meu contrato já havia terminado, éramos escravos, pertencíamos ao clube, que nao estava me negociando.

VAI CONTINUAR NO CLUBE APÓS SE APOSENTAR?

- Colocamos a possibilidade de reiniciar uma nova função, mas quero me focar no campo até dezembro. Mas creio que terei condições de colaborar depois.

CONTRATO DE RISCO

- Fiz o contrato por várias razões. Existe o receio da minha parte que eu não renda o esperado, muito tempo fora. A proposta foi excelente, para um ano e meio de contrato. Mas prefiro ganhar desta forma, através de conquistas, do prêmio. Se chegar em dezembro e não for do jeito que todos querem, o clube não terá prejuízo. Pde fazer isso para voltar a jogar pelo Vasco. Na minha época semrpe tinha alguém que jogava mais e fazia menos. Hoje é diferente. Quando me apresentei na primeira vez, joguei sem contrato. Tudo mudou muito, não imaginava que seria um risco.

Fonte: Lancenet