Tamanho da letra:
|

Felipe: 'A Libertadores dá um ânimo maior. Quero ser bicampeão'


Sábado, 11/06/2011 - 08:10

Felipe conquistou os títulos mais importantes da história do Vasco. Bicampeão brasileiro (1997/2000), campeão da Libertadores (1998), da Mercosul (2000) e da Copa do Brasil (2011), o jogador ainda quer mais. Se até a semana passada Felipe admitia se aposentar antes mesmo do fim do contrato que expira no fim de 2012, agora ele quer mais...

MARCA BRASILH: Você admitia a possibilidade de parar antes do fim do contrato. E agora?

Felipe: Devo cumprir meu contrato, a não ser que não consiga jogar em alto nível. A Libertadores dá um ânimo maior. Quero ser bicampeão.

MBH: Por que não subiu no trio elétrico nem foi para a festa de São Januário?

F: Estava muito cansado. Já estou com 33 anos, né? Estava louco para chegar em casa, tomar um banho e dormir. Cheguei em casa e apaguei. Meus filhos tiveram que me acordar.

MBH: Qual foi o sentimento após a conquista desse título entre tantos outros importantes pelo Vasco?

F: É bom estar mais uma vez na história do Vasco. Fiquei impressionado com a festa. Nem quando ganhamos o Brasileiro e a Libertadores houve aquilo. Isso mostra que o torcedor estava ansioso por um título.

MBH: Que jogador simboliza essa conquista? Você?

F: Não. O craque do time é o espírito coletivo. Já reparou no Anderson Martins? Ele é um jogador de nível de seleção. É fora de série. É difícil um jogador de defesa ter sua qualidade. O segredo foi o coletivo. Foi a humildade. O Vasco tem um treinador dos mais educados que conheci. Não houve vaidade.

MBH: Qual a diferença entre esse título e os demais que conquistou?

F: A diferença está nessa fase de carência de títulos. Eu andava na rua e via o torcedor triste. Nos velhos tempos, a torcida estava acostumada a ganhar. A gente vivia ganhando alguma coisa. Esse time entrou em campo sabendo que representava milhões de pessoas. Os 90 minutos da final contra o Coritiba não eram só nossos, mas de toda a torcida sofrida.

MBH: O que o Vasco vai buscar agora que já tem a vaga para a Libertadores?

F: Temos que planejar o título brasileiro. A gente vai ter que esquecer tudo de bom que aconteceu esta semana, porque o futebol tem um lado ruim: com um tropeço, apaga-se o que foi feito e somos cobrados.

MBH: O Vasco vai brigar pelo título brasileiro?

F: Ué, a gente mostrou nossas condições na Copa do Brasil. A chegada do Juninho vai qualificar mais um grupo que já é vencedor. Temos condição de brigar em cima e, agora, com tranquilidade. Se a gente relaxa, acaba brigando para não cair.

MBH:Você estava muito nervoso no banco, após ter sido substituído. Chorou?

F: Não chorei, mas fiquei emocionado por um título que dedico a minha família, ao meu filho de seis anos, que já entende as coisas e ficou feliz. Dei minha medalha pra ele. Dedico ao meu pai também, que está de coração novo, depois de ter colocado uma válvula. Ele assistiu ao jogo. Passou no teste.

MBH: Depois desse título, você é ainda mais vascaíno?

F: Com certeza. Eu tinha batido três vezes na trave: duas com o Flamengo (2003 e 2004) e uma com o Fluminense (2005). E, veja como são as coisas: o Vasco teve que buscar o velhinho lá longe para poder conquistar esse título.

MBH: Você se acha velho com 33 anos?

F: Sou velho para o futebol...

Fonte: Marca Brasil